Câmara dos EUA aprova nova rodada de sanções contra a Rússia
O projeto, que volta ao Senado, justifica as sanções contra o país por causa da suposta interferência de Moscou na campanha presidencial americana
Reuters
Publicado em 25 de julho de 2017 às 19h23.
Última atualização em 25 de julho de 2017 às 19h36.
Washington - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou esmagadoramente nesta terça-feira para impor novas sanções contra Rússia, Irã e Coreia do Norte, apesar das objeções do presidente Donald Trump à legislação.
O projeto de lei de sanções foi aprovado por 419 votos contra 3 na Câmara e precisa ser aprovado também no Senado antes de ser enviado à Casa Branca para ser sancionado ou vetado por Trump.
Apoiado por republicanos e democratas na Câmara, o projeto de lei tem como objetivo punir a Rússia pela anexação em 2014 da Crimeia, que pertencia à Ucrânia, e por conclusões das agências de inteligência dos EUA de que os russos interferiram nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
O projeto de lei de sanções coincidiu com os parlamentares tomando medidas para demonstrar que estão dispostos a pressionar enquanto investigam possíveis intromissões da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e potencial conluio com a campanha do republicano Trump.
O governo Trump se opôs a uma provisão que obrigaria o presidente a obter aprovação do Congresso antes de aliviar quaisquer sanções contra Moscou.
O Comitê Judiciário do Senado disse nesta terça-feira querer que Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, compareça em uma audiência como parte de sua investigação.
Também nesta terça, o genro de Trump, Jared Kushner, passou três horas com o painel de informações da Câmara dos Deputados, seu segundo dia seguido no Congresso dos EUA, respondendo a perguntas sobre seus contatos com os russos durante a campanha.
Moscou tem negado que trabalhou para influenciar a eleição em favor do candidato republicano, e Trump nega que sua campanha agiu em conluio com os russos.