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Caça voava próximo de Boeing antes de tragédia, diz Rússia

Aparelho militar ucraniano voava perto do Boeing 777, no dia em que o avião caiu no leste da Ucrânia, segundo Forças Armadas russas

Avião MH-17 da Malaysia Airlines: pró-russos são acusados de terem abatido o avião (Yaron Mofaz/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 13h16.

Moscou - No dia em que o avião malásio caiu no leste da Ucrânia , um aparelho militar ucraniano voava perto do Boeing 777 , afirmou nesta segunda-feira o Estado-Maior Geral das Forças Armadas russas, que negou que Moscou tenha entregado sistemas de mísseis BUK ou outras armas aos rebeldes pró- Rússia .

"Observou-se a situação de três aeronaves, entre elas o avião Boeing 777 da companhia aérea malásia. Ao mesmo tempo, se observou a ascensão de uma aeronave da Força Aérea ucraniana, possivelmente um SU-25, a uma distância de três a cinco quilômetros do Boeing", disse o general Andrei Kartapolov, chefe de operações do Estado-Maior.

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Em entrevista coletiva para informar sobre a tragédia do voo MH17, que segundo as potências ocidentais e as autoridades de Kiev foi derrubado por um míssil pelas milícias pró-Rússia, o general negou que Moscou tenha fornecido armas aos insurgentes.

"A Rússia não entregou aos rebeldes sistemas de defesa antiaérea BUK nem outro tipo de armamento ou técnica militar", garantiu.

Kartapolov denunciou que o exército ucraniano transferiu uma bateria de mísseis BUK de um subúrbio de Donetsk para uma área próxima controlada pelos insurgentes pouco antes da queda do Boeing.

"Aqui tem uma foto da zona tirada em 17 de julho. Olhem como esse sistema não estava lá. Outra foto mostra que, na manhã desse dia, uma bateria BUK foi detectada nas cercanias da cidade de Zarochinske, a 50 quilômetros ao leste de Donetsk e oito quilômetros ao sul de Shjtarsk", afirmou.

"A gente se pergunta por que a bateria terminou nessa zona, perto do território controlado pelas milícias e justamente antes da tragédia", ponderou.

O general afirmou que a Rússia solicita aos Estados Unidos que entreguem para a comunidade internacional as fotos de satélite que foram registradas no dia em que o avião da Malaysia Airlines caiu.

"Segundo as declarações de representantes dos Estados Unidos, eles têm em seu poder fotos de satélite que confirmam que o míssil lançado em direção ao avião malásio foi disparado por milicianos, mas ninguém viu essas fotos", questionou.

O general acrescentou que, segundo dados russos, "de fato um aparelho espacial dos Estados Unidos sobrevoava regiões do sudeste da Ucrânia" minutos antes da queda do avião.

"Trata-se de um sistema espacial destinado a detectar e seguir diferentes trajetórias de lançamentos de mísseis. Se os americanos têm fotos desse satélite, seria muito amável de concedê-las à comunidade internacional para seu estudo", ressaltou.

O voo MH17 viajava entre Amsterdã e Kuala Lumpur quando ocorreu a tragédia sobre o céu de Donetsk, uma das regiões rebeldes ucranianas, onde milícias pró-Rússia enfrentam as forças ucranianas.

O general russo disse ainda que o Boeing se desviou de sua rota 14 quilômetros em direção ao norte.

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