Busca por terrorista motivou França a bombardear EI na Síria
Este cenário foi revelado por um jornal, que seis meses depois dos ataques detalha que uma dúzia de serviços foram atrás da pista de Abaaoud para neutralizá-lo
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2016 às 10h25.
Paris - A França modificou sua estratégia militar na Síria em setembro de 2015 e decidiu bombardear posições do Estado Islâmico (EI) porque o acompanhamento de Abelhamid Abaaoud mostrou que este preparava atentados na França, como se verificou nos ataques de 13 de novembro em Paris que ele mesmo comandou.
Este cenário foi revelado nesta sexta-feira pelo jornal "Le Parisien", que seis meses depois desses ataques detalha que uma dúzia de serviços secretos tinham estado atrás da pista de Abaaoud para neutralizá-lo, uma operação infrutífera.
O "Le Parisien" explica que no último verão o presidente francês, François Hollande, foi informado por seus ministros de Defesa e Interior dos planos deste terrorista belga de origem marroquina para atentar na França e isso lhe conduziu a bombardear o EI na Síria.
Em 27 de setembro os caças franceses lançaram uma operação contra o campo de treinamento de Abaaoud em Deir ez Zor, nas margens do rio Eufrates, embora uma fonte governamental citada pelo jornal tenha especificado que nunca souberam da localização exata deste homem.
Depois dos atentados de Paris em novembro, os serviços secretos marroquinos informaram aos franceses que Abaaoud tinha estado em setembro na Grécia, concretamente na ilha de Leros, onde se supõe que esteve preparando a chegada de membros dos comandos para os ataques da capital francesa, que entraram na Europa dentro do fluxo de refugiados, entre 20 de setembro e 3 de outubro.
De fato, em janeiro de 2015, Abaaoud já tinha escapado de outro cerco de agentes secretos franceses, que se transferiram a Atenas, onde o acompanhamento telefônico realizado com apoio da CIA o tinha localizado.
Em um dos apartamentos investigados na capital grega as autoridades encontraram vestígios de seu DNA e um computador Toshiba com planos de uma ação contra um aeroporto.
Porém, sobretudo, o que fez saltar todos os alarmes para os franceses foi o testemunho no dia 13 de agosto de um homem identificado pelo "Le Parisien" como Reda H. que detalhou os preparativos de atentados encomendados por Abaaoud, que apostava em "uma alvo fácil, como, por exemplo, um show", o que faz pensar no atentado na casa de espetáculo Bataclan três meses depois.
Segundo os investigadores franceses, Abaaoud esteve à frente dos ataques jihadistas de Paris, que causaram a morte de 130 pessoas e ferimentos em várias centenas.
O terrorista foi abatido cinco dias mais tarde em uma operação policial em um apartamento da cidade de Saint-Denis, na periferia norte da capital francesa.
Paris - A França modificou sua estratégia militar na Síria em setembro de 2015 e decidiu bombardear posições do Estado Islâmico (EI) porque o acompanhamento de Abelhamid Abaaoud mostrou que este preparava atentados na França, como se verificou nos ataques de 13 de novembro em Paris que ele mesmo comandou.
Este cenário foi revelado nesta sexta-feira pelo jornal "Le Parisien", que seis meses depois desses ataques detalha que uma dúzia de serviços secretos tinham estado atrás da pista de Abaaoud para neutralizá-lo, uma operação infrutífera.
O "Le Parisien" explica que no último verão o presidente francês, François Hollande, foi informado por seus ministros de Defesa e Interior dos planos deste terrorista belga de origem marroquina para atentar na França e isso lhe conduziu a bombardear o EI na Síria.
Em 27 de setembro os caças franceses lançaram uma operação contra o campo de treinamento de Abaaoud em Deir ez Zor, nas margens do rio Eufrates, embora uma fonte governamental citada pelo jornal tenha especificado que nunca souberam da localização exata deste homem.
Depois dos atentados de Paris em novembro, os serviços secretos marroquinos informaram aos franceses que Abaaoud tinha estado em setembro na Grécia, concretamente na ilha de Leros, onde se supõe que esteve preparando a chegada de membros dos comandos para os ataques da capital francesa, que entraram na Europa dentro do fluxo de refugiados, entre 20 de setembro e 3 de outubro.
De fato, em janeiro de 2015, Abaaoud já tinha escapado de outro cerco de agentes secretos franceses, que se transferiram a Atenas, onde o acompanhamento telefônico realizado com apoio da CIA o tinha localizado.
Em um dos apartamentos investigados na capital grega as autoridades encontraram vestígios de seu DNA e um computador Toshiba com planos de uma ação contra um aeroporto.
Porém, sobretudo, o que fez saltar todos os alarmes para os franceses foi o testemunho no dia 13 de agosto de um homem identificado pelo "Le Parisien" como Reda H. que detalhou os preparativos de atentados encomendados por Abaaoud, que apostava em "uma alvo fácil, como, por exemplo, um show", o que faz pensar no atentado na casa de espetáculo Bataclan três meses depois.
Segundo os investigadores franceses, Abaaoud esteve à frente dos ataques jihadistas de Paris, que causaram a morte de 130 pessoas e ferimentos em várias centenas.
O terrorista foi abatido cinco dias mais tarde em uma operação policial em um apartamento da cidade de Saint-Denis, na periferia norte da capital francesa.