Burundi é o país mais corrupto da África oriental
Nairóbi - Burundi é o país com o maior índice de corrupção da África oriental e também abriga as duas instituições particulares mais corruptas da região, revelou um relatório apresentado hoje pela delegação no Quênia da organização Transparência Internacional (TI). De acordo com o relatório índice de subornos da África oriental 2010 (EABI 2010, na […]
Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2010 às 15h24.
Nairóbi - Burundi é o país com o maior índice de corrupção da África oriental e também abriga as duas instituições particulares mais corruptas da região, revelou um relatório apresentado hoje pela delegação no Quênia da organização Transparência Internacional (TI).
De acordo com o relatório índice de subornos da África oriental 2010 (EABI 2010, na sigla em inglês), 36,7% dos cidadãos no Burundi tiveram de subornar algum órgão público ou privado para conseguir ter acesso ao serviço realizado pela instituição.
Além disso, a autoridade tributária do Burundi é a organização mais corrupta da região, seguida pela Polícia do mesmo país, revela TI-Quênia.
Atrás dessas instituições do Burundi, as com maior índice de corrupção no leste africano, pelo relatório da TI, são: a Polícia do Quênia, a Autoridade Tributária de Uganda e a Polícia da Tanzânia (na respectiva ordem).
No extremo oposto, longe de todos os outros, o país menos corrupto é Ruanda, com 6,6% no índice geral e nenhuma instituição particular destacada pela TI-Quênia em seu relatório.
Na lista ainda se situam Uganda, onde 33% das pessoas já tiveram de subornar, Quênia, que no ano passado era o país mais corrupto e que conseguiu reduzir seu percentual em 13 pontos até ficar com 31,9 %, e Tanzânia, cujo índice geral é do 28,6 %.
O EABI 2010 mostra claramente que, "tirando Ruanda, onde os incidentes de suborno foram insignificantes, a corrupção continua sendo um grande obstáculo para a prestação de serviços públicos adequados na região", declarou a TI.
"Os países do leste da África deveriam examinar seus mecanismos de prestação de serviços com o objetivo de erradicar práticas de corrupção que empeçam o acesso (de seus cidadãos) a serviços básicos", disse Samuel Kimeu, diretor-executivo da TI-Quênia, durante a apresentação do relatório.