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Os custos da indefinição

Nesta terça-feira, o Parlamento Europeu se reúne em Bruxelas e deve dar início ao processo de afastamento do Reino Unido. A cúpula exige agilidade nas negociações, mas os britânicos estão desnorteado. O primeiro-ministro David Cameron vai ao encontro, mas já avisou que, de saída, não vai assinar nada. Os conservadores que apoiaram o Brexit, por sua vez, […]

E AGORA?: torcedor lamenta a eliminação na Eurocopa; na política e na economia, sobram incertezas / Kai Pfaffenbach Livepic/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 22h12.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h11.

Nesta terça-feira, o Parlamento Europeu se reúne em Bruxelas e deve dar início ao processo de afastamento do Reino Unido. A cúpula exige agilidade nas negociações, mas os britânicos estão desnorteado. O primeiro-ministro David Cameron vai ao encontro, mas já avisou que, de saída, não vai assinar nada.Os conservadores que apoiaram o Brexit, por sua vez, não têm a menor ideia de quem assume. A corrida pela liderança do partido deve começar formalmente hoje – com Boris Johnson e Theresa May saindo na frente.

O certo é que a única despedida rápida foi a da Inglaterra na Eurocopa ( a seleção perdeu ontem da Islândia). Nos próximos meses, o bate-cabeças deve ser a regra– e qualquer semelhança com os brasileiros não é mera coincidência. As indefinições de um processo de impeachment ou de independência criam um vácuo de poder. Com a indefinição, o país perdeu credibilidade entre os investidores: as agências Standard & Poor’s e Fitch já rebaixaram suas notas de confiança.

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As poucas certezas da campanha pela saída também estão caindo por terra.  A principal delas, a promessa de que os 350 milhões de euros destinados semanalmente a Bruxelas seriam revertidos para a saúde, foi reconhecida como um erro pelo líder do partido da independência, Nigel Farage. A maioria britânica que decidiu pelo Brexit nas urnas se queixa de estelionato eleitoral – e pede uma improvável nova votação.

Enquanto isso, a chanceler alemã Angela Merkel tem pedido cautela para que decisões precipitadas não piorem ainda mais as coisas (para ela própria, no caso). O instituto de pesquisa DIW e DZ Bank revelou que o Brexit deve fazer a economia alemã crescer 0,5% a menos no ano que vem e deve acarretar um prejuízo de 45 bilhões de euros até o fim de 2017. Entre a pressa e a cautela, as promessas e a realidade, o Reino Unido navega em meio ao nevoeiro.

 

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