Mundo

Blogueiro é condenado a quatro anos de prisão na China

Lu Yuyu e sua esposa, Li Tingyu, rastreavam na internet as informações sobre as greves e manifestações de operários na China e as publicavam em um site

China: Lu Yuyu, que alega inocência e conserva um "bom estado de espírito", decidiu recorrer da decisão (Will Russell/Getty Images)

China: Lu Yuyu, que alega inocência e conserva um "bom estado de espírito", decidiu recorrer da decisão (Will Russell/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 19h01.

A justiça chinesa condenou a quatro anos de prisão um blogueiro que repercutia on-line as manifestações e movimentos sociais, em mais um caso de repressão drástica do governo contra os defensores dos direitos dos trabalhadores.

Julgado por um tribunal de Dalin, em Yunnan (sudoeste da China), Lu Yuyu foi considerado culpado de ter "provocado distúrbios e alentado disputas", disse à AFP Xiao Yunyang, um dos advogados do blogueiro.

Lu Yuyu, que alega inocência e conserva um "bom estado de espírito", decidiu recorrer da decisão, afirmou o advogado.

Lu Yuyu e sua esposa, Li Tingyu, rastreavam na internet as informações sobre as greves e manifestações de operários na China e as publicavam em um site que oferecia um quadro completo das tensões sociais no país.

"Esse veredito é muito inquietante já que a única coisa que Lu Yuyu fazia era compilar informações já publicadas" e disponíveis em outros sites, indicou William Nee, pesquisador da Anistia Internacional baseado em Hong Kong.

O blog de Lu Yuyu e sua companheira era uma ferramenta muito apreciada pelos defensores dos direitos dos trabalhadores na China.

Seu trabalho pôs em evidência a explosão dos conflitos sociais nos últimos anos na China.

Lu Yuyu também reunia informações sobre as manifestações contra os confiscos de terras, a poluição e a corrupção das autoridades locais.

Acompanhe tudo sobre:ChinaInternetJustiçaLiberdade de imprensa

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia