Blinken: reafirmamos apoio a cessar-fogo como parte de acordo para liberar reféns em Gaza
Secretário de Estado reforça também que o governo americano não concorda com todas as provisões incluídas no texto aprovado nesta segunda
Agência de notícias
Publicado em 25 de março de 2024 às 18h08.
Última atualização em 25 de março de 2024 às 18h37.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a decisão de se abster na resolução aprovada nesta segunda-feira, 25, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas reafirma a postura dos Estados Unidos de que um cessar-fogo de qualquer duração seja parte de um acordo para libertar reféns na Faixa de Gaza.
Em comunicado, a autoridade lembra que a resolução de hoje, a 2728, foi colocada em votação após a Rússia e a China usarem seu poder de veto contra um rascunho de resolução "abrangente" apoiada pelos americanos.
Blinken afirma que os EUA não concordam com todas as provisões incluídas no texto aprovado hoje, mas acrescenta que ajustes feitos nos últimos dias pelos patrocinadores da resolução deixaram-no consistente com a posição principal dos EUA de que qualquer trégua precisa estar acompanhado com o texto de uma libertação de reféns. A resolução ainda reconhece as negociações "incessantes" de Egito, Israel, Catar e dos EUA para buscar a libertação de reféns no contexto de um cessar-fogo , o que também criaria espaço para mais assistência humanitária aos civis palestinos "e para construir algo mais duradouro".
O secretário de Estado critica o texto final da resolução por não ter linguagem que ele considera essencial, "sobretudo uma condenação do Hamas ", por isso os EUA não o apoiaram. Blinken reitera a importância de acelerar e manter a provisão de assistência humanitária por todos os meios disponíveis, e diz que continua a discutir com parceiros uma rota para "estabelecer um Estado palestino com garantias de segurança reais para Israel para estabelecer uma paz e segurança de longo prazo".
Blinken afirma ainda que os EUA trabalham próximos a seus parceiros árabes em prol desses objetivos, e acrescenta que atua com Israel para garantir que os ataques de 7 de outubro nunca se repitam.