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Berlim admite aumento e grande rede de apoio a jihadistas

O governo alemão admitiu que o Estado Islâmico possui uma grande rede de apoio, o que comprova o alto número de pessoas que deixaram o país


	Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista
 (Ho/AFP)

Jihadista do Estado Islâmico agita a faca momentos antes de executar jornalista (Ho/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 11h59.

Berlim - O governo da Alemanha admitiu nesta quarta-feira que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) conta com uma grande rede de apoio, o que comprova o alto número de pessoas que deixaram o país rumo a regiões controladas pelos extremistas e o material de propaganda disponível em alemão.

Em resposta escrita a uma pergunta parlamentar do partido A Esquerda, o Ministério do Interior indicou que os simpatizantes do EI se concentram nas regiões da Renânia e Baden-Württemberg e em Berlim e Hamburgo.

Há informações que, até junho deste ano, 378 pessoas deixaram o país rumo à Síria "com motivação islamita". Cerca de 89% dessas pessoas são homens e 60% são cidadãos alemães.

Não há um perfil claro em relação à idade, que oscila entre os 15 e 63 anos, embora 240 pessoas sejam jovens que cresceram em famílias em que um dos pais era muçulmano. Dos supostos islamitas, 21% estavam desempregados quando deixaram o país.

Entre os fatores que os levaram à radicalização, para 30% das pessoas as conversas com amigos foram decisivas e, para 23%, contatos com mesquitas salafistas.

A distribuição do Corão nas ruas alemãs influenciou 17% e a presença em seminários sobre o Islã também motivou 17%. Em 18% dos casos, a internet teve importância no processo de radicalização.

A organização foi proibida na Alemanha depois que, segundo o Ministério do Interior, suas atividades alcançaram uma dimensão que não era mais tolerável. Houve um aumento constante da propaganda de internet em língua alemã.

As publicações do Estado Islâmico, segundo o órgão, mostram o propósito de alcançar o poder por meio da violência e um desejo de expansão que atenta contra o mundo e a integridade da Alemanha.

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