Exame Logo

Berlim acha inaceitável número de afegãos entre refugiados

"O Afeganistão ocupa a segunda posição quanto ao país de origem dos refugiados. Isto é inaceitável", afirmou Maizière

Refugiados do Afeganistão: ministro reconheceu que "a segurança no Afeganistão não é tão grande como em outros lugares" e negou qualquer plano para incluir esta nação na lista de "países de origem segura" (REUTERS/Ognen Teofilovski)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 12h51.

Berlim - O ministro de Interior da Alemanha , Thomas de Maizière, tachou de "inaceitável" que os afegãos sejam o segundo maior grupo nacional entre os refugiados que chegam ao seu país e explicou que Berlim negociará com o governo afegão um procedimento de devolução.

Em um comparecimento público para explicar os últimos avanços feitos na gestão da crise dos refugiados, Maizière ressaltou os esforços da Alemanha para estabilizar o país asiático e advertiu aos solicitantes de asilo afegãos que "nem todos podem aspirar a ficar" na Alemanha.

"O Afeganistão ocupa a segunda posição quanto ao país de origem dos refugiados. Isto é inaceitável", afirmou Maizière, que assinalou que muitos são jovens e de classe média, a maior parte de Cabul, e avaliou que "deveriam ficar em seu país e ajudar em sua reconstrução".

O ministro reconheceu que "a segurança no Afeganistão não é tão grande como em outros lugares" e negou qualquer plano para incluir esta nação na lista de "países de origem segura", uma denominação que dificultaria enormemente aos seus cidadãos conseguir asilo político na Alemanha.

No entanto, insistiu que os níveis de segurança variam de acordo com as regiões e lembrou que muitos soldados e policiais alemães trabalharam para estabilizar o Afeganistão e que Berlim dedicou "grandíssimas somas para ajudar no desenvolvimento".

O ministro comemorou a entrada em vigor da reforma da lei de asilo e disse acreditar ser possível acelerar nos próximos dias as devoluções e expulsões dos que não obtiverem asilo.

Maizière informou que neste ano 11 mil pessoas tiveram seus pedidos de asilo negados e outras 27 mil foram avisadas que deveriam deixar o país.

Até o final do ano, acrescentou, esperam que dezenas de milhares de peticionários de asilo dos Bálcãs retornem ao seus países de origem.

A última previsão do governo alemão apontava que 800 mil refugiados chegariam este ano ao país, embora os números reais possam ser muito mais altos.

A Alemanha é o principal destino da maior onda de refugiados que a Europa vive desde a Segunda Guerra Mundial, uma crise que gerou tensões dentro da grande coalizão do governo, mas também em nível social e no âmbito comunitário.

Veja também

Berlim - O ministro de Interior da Alemanha , Thomas de Maizière, tachou de "inaceitável" que os afegãos sejam o segundo maior grupo nacional entre os refugiados que chegam ao seu país e explicou que Berlim negociará com o governo afegão um procedimento de devolução.

Em um comparecimento público para explicar os últimos avanços feitos na gestão da crise dos refugiados, Maizière ressaltou os esforços da Alemanha para estabilizar o país asiático e advertiu aos solicitantes de asilo afegãos que "nem todos podem aspirar a ficar" na Alemanha.

"O Afeganistão ocupa a segunda posição quanto ao país de origem dos refugiados. Isto é inaceitável", afirmou Maizière, que assinalou que muitos são jovens e de classe média, a maior parte de Cabul, e avaliou que "deveriam ficar em seu país e ajudar em sua reconstrução".

O ministro reconheceu que "a segurança no Afeganistão não é tão grande como em outros lugares" e negou qualquer plano para incluir esta nação na lista de "países de origem segura", uma denominação que dificultaria enormemente aos seus cidadãos conseguir asilo político na Alemanha.

No entanto, insistiu que os níveis de segurança variam de acordo com as regiões e lembrou que muitos soldados e policiais alemães trabalharam para estabilizar o Afeganistão e que Berlim dedicou "grandíssimas somas para ajudar no desenvolvimento".

O ministro comemorou a entrada em vigor da reforma da lei de asilo e disse acreditar ser possível acelerar nos próximos dias as devoluções e expulsões dos que não obtiverem asilo.

Maizière informou que neste ano 11 mil pessoas tiveram seus pedidos de asilo negados e outras 27 mil foram avisadas que deveriam deixar o país.

Até o final do ano, acrescentou, esperam que dezenas de milhares de peticionários de asilo dos Bálcãs retornem ao seus países de origem.

A última previsão do governo alemão apontava que 800 mil refugiados chegariam este ano ao país, embora os números reais possam ser muito mais altos.

A Alemanha é o principal destino da maior onda de refugiados que a Europa vive desde a Segunda Guerra Mundial, uma crise que gerou tensões dentro da grande coalizão do governo, mas também em nível social e no âmbito comunitário.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoAlemanhaÁsiaEuropaPaíses ricosRefugiados

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame