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Behring Breivik, sem remorsos na reconstituição do massacre em Utoya

Autor confesso do duplo ataque que deixou 77 mortos no dia 22 de julho na Noruega, não mostrou nenhum arrependimento durante a reconstituição do crime

Pouco antes de passar à ação, divulgou na internet um manifesto de 1.500 páginas, contendo injúrias islamofóbicas e antimarxistas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2011 às 14h14.

Oslo - Anders Behring Breivik, o autor confesso do duplo ataque que deixou 77 mortos no dia 22 de julho na Noruega, não mostrou nenhum arrependimento durante a reconstituição do crime, informou neste domingo a polícia.

Estava afetado, "mas não mostrou nenhum remorso por seus atos", explicou o procurador Paal-Fredrik Hjort Kraby a um grupo de jornalistas em Oslo, um dia após a polícia levar o detido à ilha de Utoya, onde 69 pessoas faleceram, a maioria adolescentes.
Behring Breivik também acionou um carro-bomba perto da sede do governo norueguês na capital, provocando a morte de outras oito pessoas.

O procurador disse que a polícia concluiu que era vital para a investigação levar o detido à ilha, depois de se perguntar se era justo para as famílias das vítimas.

"Toda a investigação demonstra que voltar à cena do crime ajuda a lembrar. (Bhering Breivik) nos deu muito mais informações além das que tínhamos antes, apesar da 50 horas de interrogatórios (anteriores)", afirmou Hjort Kraby.
"Sentimos que agora temos uma perspectiva geral bastante boa de como cada pessoa morreu ou foi baleada, apesar de alguns detalhes não serem conhecidos ainda", acrescentou.

O procurador contou à AFP que alguns dos que morreram se afogaram ao tentar alcançar um local seguro a nado.
O translado de Behring Breivik à ilha, situada a 40 km de Oslo, ocorreu na tarde de sábado, primeiro de carro e depois utilizando o mesmo barco que o detido utilizou no dia do massacre.

A viagem foi realizada sob forte esquema de segurança, mantendo Behring Breivik algemado dentro do barco e controlando constantemente seus movimentos na ilha, segundo a polícia.

Tanto o autor confesso dos fatos e seu advogado Geir Lippestad quanto os agentes da polícia utilizaram coletes à prova de balas, ao mesmo tempo em que vários helicópteros sobrevoaram a região por medo de uma tentativa de "ataque como vingança", informaram meios de comunicação locais.

Behring Breivik conseguiu "voltar a este dia", quando atacou um acampamento de verão da juventude trabalhista, explicou o procurador à AFP.

"Lembrou-se de coisas novas", assegurou, acrescentando que não houve incoerências em seus atos, exceto "algumas vezes em que caminhou em direção contrária, embora logo se corrigisse".

"Tudo o que disse foi gravado e filmado", explicou o procurador, acrescentando que o material será utilizado como prova durante o julgamento.

Hjort Kraby também confirmou que Behring Breivik foi submetido a vários escâneres nos dias posteriores a sua prisão por medo de que tivesse engolido um explosivo, como anunciou a imprensa local no fim de semana.

"Estávamos tratando um homem que havia acionado uma bomba e que cometeu muitos outros crimes em Utoya, razão pela qual tivemos que pensar em todas as opções, incluindo que tivesse engolido um dispositivo", explicou.

O procurador afirmou que a polícia estava preocupada que Behring Breivik tentasse se suicidar, "mas o exame foi realizado com precisão e não encontramos nada".

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Oslo - Anders Behring Breivik, o autor confesso do duplo ataque que deixou 77 mortos no dia 22 de julho na Noruega, não mostrou nenhum arrependimento durante a reconstituição do crime, informou neste domingo a polícia.

Estava afetado, "mas não mostrou nenhum remorso por seus atos", explicou o procurador Paal-Fredrik Hjort Kraby a um grupo de jornalistas em Oslo, um dia após a polícia levar o detido à ilha de Utoya, onde 69 pessoas faleceram, a maioria adolescentes.
Behring Breivik também acionou um carro-bomba perto da sede do governo norueguês na capital, provocando a morte de outras oito pessoas.

O procurador disse que a polícia concluiu que era vital para a investigação levar o detido à ilha, depois de se perguntar se era justo para as famílias das vítimas.

"Toda a investigação demonstra que voltar à cena do crime ajuda a lembrar. (Bhering Breivik) nos deu muito mais informações além das que tínhamos antes, apesar da 50 horas de interrogatórios (anteriores)", afirmou Hjort Kraby.
"Sentimos que agora temos uma perspectiva geral bastante boa de como cada pessoa morreu ou foi baleada, apesar de alguns detalhes não serem conhecidos ainda", acrescentou.

O procurador contou à AFP que alguns dos que morreram se afogaram ao tentar alcançar um local seguro a nado.
O translado de Behring Breivik à ilha, situada a 40 km de Oslo, ocorreu na tarde de sábado, primeiro de carro e depois utilizando o mesmo barco que o detido utilizou no dia do massacre.

A viagem foi realizada sob forte esquema de segurança, mantendo Behring Breivik algemado dentro do barco e controlando constantemente seus movimentos na ilha, segundo a polícia.

Tanto o autor confesso dos fatos e seu advogado Geir Lippestad quanto os agentes da polícia utilizaram coletes à prova de balas, ao mesmo tempo em que vários helicópteros sobrevoaram a região por medo de uma tentativa de "ataque como vingança", informaram meios de comunicação locais.

Behring Breivik conseguiu "voltar a este dia", quando atacou um acampamento de verão da juventude trabalhista, explicou o procurador à AFP.

"Lembrou-se de coisas novas", assegurou, acrescentando que não houve incoerências em seus atos, exceto "algumas vezes em que caminhou em direção contrária, embora logo se corrigisse".

"Tudo o que disse foi gravado e filmado", explicou o procurador, acrescentando que o material será utilizado como prova durante o julgamento.

Hjort Kraby também confirmou que Behring Breivik foi submetido a vários escâneres nos dias posteriores a sua prisão por medo de que tivesse engolido um explosivo, como anunciou a imprensa local no fim de semana.

"Estávamos tratando um homem que havia acionado uma bomba e que cometeu muitos outros crimes em Utoya, razão pela qual tivemos que pensar em todas as opções, incluindo que tivesse engolido um dispositivo", explicou.

O procurador afirmou que a polícia estava preocupada que Behring Breivik tentasse se suicidar, "mas o exame foi realizado com precisão e não encontramos nada".

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