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Bancos libaneses pagam cota do governo em tribunal internacional

Governo do país se comprometeu a dar US$ 32 milhões para financiar o tribunal que investiga a morte do ex-premiê Rafik Hariri, mas alguns partidos eram contra

Protestos em Beirute: um governo caiu no início de janeiro por não decidir sobre o pagamento (Salah Malkawi/ Getty Images)

Protestos em Beirute: um governo caiu no início de janeiro por não decidir sobre o pagamento (Salah Malkawi/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 16h54.

Beirute - A Associação de Bancos do Líbano anunciou nesta quinta-feira que decidiu pagar a cota de US$ 32 milhões que o governo destinou ao tribunal internacional encarregado de investigar o assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri.

Em comunicado divulgado em Beirute, a Associação explicou que seu Conselho de Administração tomou a decisão porque 'é consciente da necessidade de proteger os depósitos dos libaneses e reforçar a estabilidade política, com o objetivo de criar uma atmosfera propícia aos investidores'.

No final de novembro passado, o primeiro-ministro, Najib Mikati, declarou que tinha contribuído ao financiamento do Tribunal Especial para o Líbano (TEL), com sede em Haia, de acordo com os compromissos internacionais assumidos pelo país.

Esta medida contou com a rejeição do partido xiita libanês Hezbollah e seus aliados, majoritários no Executivo, que se opõem ao trabalho desta corte internacional, que acusou vários membros de seu braço armado de participar do homicídio.

Mikati, que tinha ameaçado renunciar se o Líbano descumprisse seus compromissos internacionais, se absteve de revelar de onde obteve essa contribuição, mas a imprensa local apontou que ela veio do Alto Comitê de Ajuda.

Esse organismo, dependente do primeiro-ministro, abonou a quantidade previamente e agora receberá igual transferência da Associação de Bancos.

A polêmica acompanhou o pagamento da contribuição libanesa ao TEL, um dos motivos da crise que derrubou no último dia 12 de janeiro o governo de Saad Hariri pela retirada de vários ministros partidários do Hezbollah.

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