Ban pede fim de violência em Gaza e condena ataques
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, exigiu o fim da violência em Gaza e condenou os ataques israelenses aos centros das Nações Unidas
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2014 às 12h36.
O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, exigiu nesta quarta-feira o fim da violência em Gaza, condenou os ataques israelenses aos centros das Nações Unidas e pediu uma investigação "sem demora" para que os culpados prestem contas.
"A violência deve chegar ao fim. Essa tem que ser a última vez que temos que reconstruir. Temos que seguir assim?. Destruição, reconstrução e destruição. Isto tem que parar", disse Ban em reunião da Assembleia geral para abordar a crise em Gaza .
O secretário-geral pediu às partes que respeitem o cessar-fogo e insistiu que a proposta de sentar palestinos e israelenses para negociar no Cairo é "a única via possível" para poder mudar o "trágico e insustentável status quo" na região.
Ban voltou a condenar os ataques israelenses aos centros das Nações Unidas em Gaza que deixaram centenas de civis mortos, muitos deles menores de idade, assim como o lançamento de foguetes contra Israel desde a Faixa.
"Mas que fique claro, além das suspeitas de qualquer atividade militar (que esteja ocorrendo desde a Faixa de Gaza), nada justifica pôr em risco a população civil", disse o secretário-geral.
Por isso, o principal responsável das Nações Unidas insistiu que os centros da organização "têm que ser seguros e não locais de combate" e exigiu uma investigação "sem demora" desses ataques e que os culpados "prestem contas".
Por outro lado, Ban pediu que não sejam poupados esforços na "tarefa hercúlea" para "reconstruir Gaza", atender os feridos e oferecer assistência de primeira necessidade aos deslocados.
Na reunião informal da Assembleia geral também participam, através de videoconferência, a Alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, e o enviado especial das Nações Unidas para o Oriente Médio, Robert Serry.
O encontro desta quarta-feira foi convocado a pedido dos países árabes, que nas últimas semanas se mostraram críticos pela inação do Conselho de Segurança em torno da crise de Gaza.