Anteriormente, Ban Ki-moon já havia pedido calma aos envolvidos no conflito e solicitado que resolvam suas diferenças de forma pacífica (Habibou Kouyate/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 18h45.
Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou nesta quinta-feira a rebelião militar no Mali e pediu o imediato retorno à constitucionalidade no país africano.
Além disso, o principal responsável do organismo, que está na Ásia, pediu aos responsáveis por essa rebelião 'que evitem qualquer ação que possa aumentar a violência e desestabilizar ainda mais o país', afirmou um porta-voz da ONU por meio de um comunicado.
Um grupo de militares malineses lidera desde quarta-feira um golpe de Estado contra o presidente Amadou Toumani Touré, a quem restava apenas um mês para concluir seu mandato constitucional e que agora está em paradeiro desconhecido.
O presidente do autoproclamado Comitê Nacional para o Restabelecimento da Democracia e a Restauração do Estado (CNRDRE), o capitão Amadou Sanogo, anunciou a suspensão da Constituição e de todas as instituições do país, a destituição do governo e o estabelecimento do toque de recolher a partir de hoje.
Os golpistas também decidiram fechar as fronteiras e o espaço aéreo de Mali, medida que permanecerá em vigor pelo menos até a próxima terça-feira.
O estopim do golpe de Estado teria sido a crise no norte do país, onde convive uma rebelião separatista tuaregue com as atividades da rede terrorista Al Qaeda.
'O secretário-geral pede a imediata restauração da ordem constitucional em Mali', assinalou o porta-voz de Ban.
Também assegurou que as Nações Unidas estão preparadas para conversar com as partes envolvidas, inclusive os líderes do golpe.
Anteriormente, Ban Ki-moon já havia pedido calma aos envolvidos no conflito e solicitado que resolvam suas diferenças de forma pacífica e dentro do processo democrático.
O Conselho de Segurança da ONU já expressou na quarta-feira sua preocupação pelos fatos na capital, Bamaco, e pediu 'calma e respeito à ordem constitucional a todas as partes', em declarações à imprensa de seu presidente rotativo, o embaixador do Reino Unido na ONU, Mark Lyall Grant.