Baile de Obama tem aperto e comida ruim, mas foi memorável
Apoiadores do presidente norte-americano precisaram se contentar com amendoins e salgadinhos no baile para celebrar o início de seu segundo mandato
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 10h37.
Washington - Eles saíram pedindo votos de porta em porta e foram cruciais para a reeleição de Barack Obama , mas na segunda-feira, quando vestiram seus trajes de gala para celebrar o início do segundo mandato dele, os apoiadores do presidente norte-americano precisaram se contentar com amendoins, salgadinhos de pacote e outras porcarias.
"Essa é a comida? Não fiquei muito entusiasmado. Isso é para os passarinhos", disse Ben Shelly, que ajudou a mobilizar o apoio a Obama na reserva dos índios navajos do Arizona.
Dançar também foi difícil: a lotação em frente ao palco não permitia mais do que um ligeiro balançar de ombros na hora em que astros pop como Alicia Keys e Brad Paisley cantavam seus sucessos.
Mas isso não impediu os obamistas de se divertirem com seu presidente e celebrarem o efêmero momento em que o rancor da campanha já ficou para trás, mas o trabalho duro do segundo mandato ainda não começou.
"Adoro o fato de que reelegemos o primeiro presidente afro-americano contrariando todas as probabilidades da economia", disse o imigrante indiano Vega Subramanian, que levou sua mulher à festa. "Quero fazer tudo o que puder para apoiar as visões dele a favor dos direitos para os imigrantes, em favor dos direitos dos gays, em favor de todos nós." Os bailes da posse são uma tradição em Washington desde que em 1809, nos primórdios da cidade, James Madison deu uma festa num hotel do centro.
As coisas quase saíram do controle na posse de Andrew Jackson, em 1829, quando milhares de pessoas lotaram a Casa Branca, quebrando porcelanas avaliadas em milhares de dólares, e obrigando o novo presidente a fugir para a Virgínia naquela noite. Os funcionários conseguiram acabar com a festa levando os tonéis de ponche para o gramado.
Bill Clinton bateu um recorde em 1997, quando houve 14 bailes oficiais. Há quatro anos, Obama celebrou o início do seu primeiro mandato com dez eventos oficiais.
Desta vez, foram apenas dois bailes oficiais, numa mensagem de austeridade para um país cuja economia há anos patina.
Mas isso esconde o fato de que a dimensão -e orçamento- das festas é basicamente igual ao de 2009, com 35 mil pessoas espalhadas pelo Centro de Convenções Walter E. Washington, um espaço equivalente a seis quarteirões na periferia da capital.
Os protagonistas apareceram às 21h22 (hora local), causando alvoroço nos presentes. Eles caminharam até o palco em meio a um mar de câmeras de celulares. Obama usava terno preto e gravata branca. A primeira-dama Michelle, segundo a Casa Branca, vestia "um costume Jason Wu de gaze cor de rubi, e um vestido de veludo com um anel de diamante feito à mão pela joalheira Kimberly McDonald".
O primeiro-casal dançou num gracioso círculo, embalado por "Let's Stay Together", tema de Al Green interpretado por Jennifer Hudson. Às 21h27, eles acenaram para a multidão e saíram.
"Michelle estava incrível. Adorei o vestido vermelho dela", disse a ex-modelo Pamela Simpson, que vive em Maryland.
E Obama? "Ah, ele é só o presidente", afirmou ela.
Washington - Eles saíram pedindo votos de porta em porta e foram cruciais para a reeleição de Barack Obama , mas na segunda-feira, quando vestiram seus trajes de gala para celebrar o início do segundo mandato dele, os apoiadores do presidente norte-americano precisaram se contentar com amendoins, salgadinhos de pacote e outras porcarias.
"Essa é a comida? Não fiquei muito entusiasmado. Isso é para os passarinhos", disse Ben Shelly, que ajudou a mobilizar o apoio a Obama na reserva dos índios navajos do Arizona.
Dançar também foi difícil: a lotação em frente ao palco não permitia mais do que um ligeiro balançar de ombros na hora em que astros pop como Alicia Keys e Brad Paisley cantavam seus sucessos.
Mas isso não impediu os obamistas de se divertirem com seu presidente e celebrarem o efêmero momento em que o rancor da campanha já ficou para trás, mas o trabalho duro do segundo mandato ainda não começou.
"Adoro o fato de que reelegemos o primeiro presidente afro-americano contrariando todas as probabilidades da economia", disse o imigrante indiano Vega Subramanian, que levou sua mulher à festa. "Quero fazer tudo o que puder para apoiar as visões dele a favor dos direitos para os imigrantes, em favor dos direitos dos gays, em favor de todos nós." Os bailes da posse são uma tradição em Washington desde que em 1809, nos primórdios da cidade, James Madison deu uma festa num hotel do centro.
As coisas quase saíram do controle na posse de Andrew Jackson, em 1829, quando milhares de pessoas lotaram a Casa Branca, quebrando porcelanas avaliadas em milhares de dólares, e obrigando o novo presidente a fugir para a Virgínia naquela noite. Os funcionários conseguiram acabar com a festa levando os tonéis de ponche para o gramado.
Bill Clinton bateu um recorde em 1997, quando houve 14 bailes oficiais. Há quatro anos, Obama celebrou o início do seu primeiro mandato com dez eventos oficiais.
Desta vez, foram apenas dois bailes oficiais, numa mensagem de austeridade para um país cuja economia há anos patina.
Mas isso esconde o fato de que a dimensão -e orçamento- das festas é basicamente igual ao de 2009, com 35 mil pessoas espalhadas pelo Centro de Convenções Walter E. Washington, um espaço equivalente a seis quarteirões na periferia da capital.
Os protagonistas apareceram às 21h22 (hora local), causando alvoroço nos presentes. Eles caminharam até o palco em meio a um mar de câmeras de celulares. Obama usava terno preto e gravata branca. A primeira-dama Michelle, segundo a Casa Branca, vestia "um costume Jason Wu de gaze cor de rubi, e um vestido de veludo com um anel de diamante feito à mão pela joalheira Kimberly McDonald".
O primeiro-casal dançou num gracioso círculo, embalado por "Let's Stay Together", tema de Al Green interpretado por Jennifer Hudson. Às 21h27, eles acenaram para a multidão e saíram.
"Michelle estava incrível. Adorei o vestido vermelho dela", disse a ex-modelo Pamela Simpson, que vive em Maryland.
E Obama? "Ah, ele é só o presidente", afirmou ela.