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Autor de massacre na Noruega é considerado são

O julgamento motivou um ligeiro sorriso de triunfo por parte de Breivik, que se qualifica como um guerreiro anti-islâmico

Sem demonstrar nenhum arrependimento pelos crimes, Anders Behring Breivik ofereceu ao tribunal de Oslo uma saudação de braço esticado e punho cerrado, antes de ouvir a sentença (Heiko Junge/NTB Scanpix/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 09h23.

Oslo - O norueguês Anders Behring Breivik foi condenado nesta sexta-feira à pena máxima vigente no país, 21 anos de prisão, pela morte de 77 pessoas em um massacre no ano passado. O resultado motivou um ligeiro sorriso de triunfo por parte de Breivik, que se qualifica como um guerreiro anti-islâmico.

Sem demonstrar nenhum arrependimento pelos crimes, Breivik, de 33 anos, ofereceu ao tribunal de Oslo uma saudação de braço esticado e punho cerrado, antes de ouvir a sentença. Ele pode permanecer preso durante mais de 21 anos, caso fique definido que ele continua constituindo uma ameaça à sociedade após o fim da pena inicial.

Em julho do ano passado, Breivik plantou uma bomba entre prédios governamentais no centro de Oslo, e depois matou a tiros vários adolescentes numa ilha dos arredores da capital, onde o Partido Trabalhista (governo) realizava um acampamento de verão.

Na ocasião, o atirador disse que havia prestado um serviço à nação para coibir a imigração, e que os únicos resultados dignos para o julgamento seriam a absolvição ou a pena de morte. Sua maior preocupação era ser considerado inimputável, e ele prometia recorrer caso isso fosse decidido.

A promotoria tentou a tese da insanidade mental, o que levaria Breivik a ser internado indefinidamente num manicômio judicial. A juíza Wenche Elizabeth Arntzen rejeitou isso.

Alguns sobreviventes do massacre também se opunham à tese da insanidade, pois queriam que Breivik fosse plenamente responsabilizado por seus atos, e temiam a demora nos recursos subsequentes.

Mas, para muitos noruegueses, ainda chocados com o maior massacre no país desde a Segunda Guerra Mundial, os detalhes eram secundários. "Ele está tendo o que merece", disse Alexandra Peltre, de 18 anos, baleada na coxa na ilha de Utoeya. "Isso é o carma contra-atacando-o. Não me interessa se ele é insano ou não, desde que ele tenha a punição que merece." Breivik, que se rendeu sem luta e confessou os crimes, foi ouvir a sentença vestindo terno preto e gravata, e ainda com o cavanhaque visto durante as dez semanas de audiências encerradas em junho.


Ele deu um sorriso forçado ao entrar no recinto, e fez a saudação direitista quando teve as algemas retiradas. Voltou a sorrir quando escutou a sentença.

"Ele me disse que vai aceitar esse veredicto", disse seu advogado, Geir Lippestad, à Reuters.

Uma advogada de algumas vítimas e familiares também disse estar "satisfeita, embora essa não seja realmente a palavra correta, e aliviada". "É isso que esperávamos", disse Mette Yvonne Larsen. "Já recebi muitas mensagens de clientes me dizendo que a Justiça foi feita, e que eles estão felizes por isso ter acabado e por nunca mais o verem outra vez".

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Oslo - O norueguês Anders Behring Breivik foi condenado nesta sexta-feira à pena máxima vigente no país, 21 anos de prisão, pela morte de 77 pessoas em um massacre no ano passado. O resultado motivou um ligeiro sorriso de triunfo por parte de Breivik, que se qualifica como um guerreiro anti-islâmico.

Sem demonstrar nenhum arrependimento pelos crimes, Breivik, de 33 anos, ofereceu ao tribunal de Oslo uma saudação de braço esticado e punho cerrado, antes de ouvir a sentença. Ele pode permanecer preso durante mais de 21 anos, caso fique definido que ele continua constituindo uma ameaça à sociedade após o fim da pena inicial.

Em julho do ano passado, Breivik plantou uma bomba entre prédios governamentais no centro de Oslo, e depois matou a tiros vários adolescentes numa ilha dos arredores da capital, onde o Partido Trabalhista (governo) realizava um acampamento de verão.

Na ocasião, o atirador disse que havia prestado um serviço à nação para coibir a imigração, e que os únicos resultados dignos para o julgamento seriam a absolvição ou a pena de morte. Sua maior preocupação era ser considerado inimputável, e ele prometia recorrer caso isso fosse decidido.

A promotoria tentou a tese da insanidade mental, o que levaria Breivik a ser internado indefinidamente num manicômio judicial. A juíza Wenche Elizabeth Arntzen rejeitou isso.

Alguns sobreviventes do massacre também se opunham à tese da insanidade, pois queriam que Breivik fosse plenamente responsabilizado por seus atos, e temiam a demora nos recursos subsequentes.

Mas, para muitos noruegueses, ainda chocados com o maior massacre no país desde a Segunda Guerra Mundial, os detalhes eram secundários. "Ele está tendo o que merece", disse Alexandra Peltre, de 18 anos, baleada na coxa na ilha de Utoeya. "Isso é o carma contra-atacando-o. Não me interessa se ele é insano ou não, desde que ele tenha a punição que merece." Breivik, que se rendeu sem luta e confessou os crimes, foi ouvir a sentença vestindo terno preto e gravata, e ainda com o cavanhaque visto durante as dez semanas de audiências encerradas em junho.


Ele deu um sorriso forçado ao entrar no recinto, e fez a saudação direitista quando teve as algemas retiradas. Voltou a sorrir quando escutou a sentença.

"Ele me disse que vai aceitar esse veredicto", disse seu advogado, Geir Lippestad, à Reuters.

Uma advogada de algumas vítimas e familiares também disse estar "satisfeita, embora essa não seja realmente a palavra correta, e aliviada". "É isso que esperávamos", disse Mette Yvonne Larsen. "Já recebi muitas mensagens de clientes me dizendo que a Justiça foi feita, e que eles estão felizes por isso ter acabado e por nunca mais o verem outra vez".

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