Autor de ataques no Texas fez "confissão" em vídeo, diz polícia
Mark Conditt, jovem desempregado de 23 anos de Pflugerville, detalhou como fez todas as sete bombas de que se tem conhecimento
Reuters
Publicado em 22 de março de 2018 às 11h21.
Pflugerville, Texas - O autor dos ataques com bombas que aterrorizaram por semanas a cidade de Austin, no Estado norte-americano do Texas, deixou um vídeo de 25 minutos com uma "confissão" em um celular encontrado depois que ele se explodiu quando policiais se aproximavam para prendê-lo na quarta-feira, informou a polícia.
Mark Conditt, jovem desempregado de 23 anos de Pflugerville, detalhou como fez todas as sete bombas de que se tem conhecimento - cinco que explodiram, uma recuperada antes de detonar e uma sétima que ele detonou quando policiais perseguiam seu veículo na madrugada da quarta.
Mas o vídeo não forneceu um motivo coerente para os ataques, que ocorreram ao longo das últimas três semanas, disse a polícia.
"Ele não menciona absolutamente nada sobre terrorismo, nem menciona nada sobre ódio, na verdade é o desabafo de um jovem muito aflito, falando dos desafios de sua vida pessoal", disse o chefe de polícia de Austin, Brian Manley, a repórteres. "Eu classificaria como uma confissão".
Conditt, que nunca tinha tido problemas com a lei, matou duas pessoas e feriu cinco durante um surto de violência que começou em 2 de março, segundo as autoridades.
Baseadas em buscas na casa do suspeito e em sua declaração em vídeo, as autoridades disseram crer que não existem outras bombas e que o público está a salvo de novas agressões.
O agente especial do FBI Christopher Combs disse que investigadores acreditam que o suspeito teria continuado com os ataques se não tivesse sido localizado.
A polícia recuperou uma "lista de alvos" com endereços de futuros ataques com bomba, noticiou o jornal Los Angeles Times, citando o deputado republicano Michael McCaul, do Texas, presidente do Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Deputados.
Mesmo assim, o vídeo não dá explicações a respeitos dos indivíduos e endereços escolhidos como alvos das bombas que foram plantadas ou enviadas, disse Manley.
Anteriormente a polícia disse ter cogitado a possibilidade de os ataques terem motivação racista, notando que as primeiras vítimas, incluindo as duas que morreram, eram afro-norte-americanas ou hispânicas.
Conditt provavelmente gravou o vídeo entre as 9h e as 11h da terça-feira. Segundo Manley, Conditt disse acreditar que a polícia "estava chegando muito perto dele".