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Austrália promete reprimir manipulações e crimes

Comissão Australiana do Crime (ACC) alertou que quadrilhas do crime organizado deverão cada vez mais tentar influenciar atletas

Ministro da Justiça, Jason Clare: investigação da ACC focou principalmente o uso de doping, abrangendo muitos atletas e equipes em várias modalidades (Stefan Postles/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 10h36.

Canberra - O governo australiano prometeu nesta quinta-feira reprimir a influência do crime organizado sobre as competições esportivas e seus resultados, depois de uma ampla investigação sobre o tema.

A Comissão Australiana do Crime (ACC) encontrou pelo menos um possível caso de manipulação de resultados para beneficiar apostadores, e alertou que quadrilhas do crime organizado deverão cada vez mais tentar influenciar os atletas.

"Eles vão explorar pessoas, vão explorar jogadores... e corrompê-los, buscarão informações internas, e afinal acertarão partidas", disse John Lawler, executivo-chefe da ACC, a jornalistas.

A comissão não deu detalhes sobre o esporte ou a partida em questão, e disse que suas conclusões não estão ligadas ao escândalo global no futebol, depois de a polícia europeia concluir que centenas de jogos foram manipulados por uma quadrilha de Cingapura.

David Gallop, presidente da Federação de Futebol da Austrália, reafirmou que o futebol local não está implicado no escândalo global de manipulações, e que não há nada de específico sobre o futebol no relatório da ACC.


"Mas devemos manter a vigilância", disse ele a jornalistas. "Onde as coisas são difíceis de detectar, o nível de dissuasão deve ser alto. É com isso que estamos lidando tanto nas questões de doping quanto nas de manipulação de partidas." As conclusões da ACC se baseiam em uma investigação de 12 meses, a qual incluiu 30 depoimentos secretos. O relatório diz que o crime organizado se envolveu no tráfico de substâncias para doping, e se infiltrou em atividades comerciais legítimas ligadas ao esporte.

Dirigentes de esportes populares na Austrália, como o futebol, o críquete e o rúgbi, foram informados sobre o resultado da investigação e apresentaram na quinta-feira a promessa conjunta de lutarem contra o doping e a corrupção.

Lawler disse estar otimista de que infratores --incluindo treinadores, jogadores e médicos-- sejam processos criminalmente.

O ministro de Assuntos Internos, Jason Clare, disse que a investigação da ACC focou principalmente o uso de doping, abrangendo muitos atletas e equipes em várias modalidades.

"As conclusões são chocantes e vão desagradar aos torcedores australianos", disse ele a jornalistas, acrescentando que as ligações com o crime organizado são particularmente sérias, por abrirem a oportunidade também para manipulações de resultados. "É trapaça, mas é pior do que isso. É trapaça com a ajuda de criminosos", afirmou.

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Canberra - O governo australiano prometeu nesta quinta-feira reprimir a influência do crime organizado sobre as competições esportivas e seus resultados, depois de uma ampla investigação sobre o tema.

A Comissão Australiana do Crime (ACC) encontrou pelo menos um possível caso de manipulação de resultados para beneficiar apostadores, e alertou que quadrilhas do crime organizado deverão cada vez mais tentar influenciar os atletas.

"Eles vão explorar pessoas, vão explorar jogadores... e corrompê-los, buscarão informações internas, e afinal acertarão partidas", disse John Lawler, executivo-chefe da ACC, a jornalistas.

A comissão não deu detalhes sobre o esporte ou a partida em questão, e disse que suas conclusões não estão ligadas ao escândalo global no futebol, depois de a polícia europeia concluir que centenas de jogos foram manipulados por uma quadrilha de Cingapura.

David Gallop, presidente da Federação de Futebol da Austrália, reafirmou que o futebol local não está implicado no escândalo global de manipulações, e que não há nada de específico sobre o futebol no relatório da ACC.


"Mas devemos manter a vigilância", disse ele a jornalistas. "Onde as coisas são difíceis de detectar, o nível de dissuasão deve ser alto. É com isso que estamos lidando tanto nas questões de doping quanto nas de manipulação de partidas." As conclusões da ACC se baseiam em uma investigação de 12 meses, a qual incluiu 30 depoimentos secretos. O relatório diz que o crime organizado se envolveu no tráfico de substâncias para doping, e se infiltrou em atividades comerciais legítimas ligadas ao esporte.

Dirigentes de esportes populares na Austrália, como o futebol, o críquete e o rúgbi, foram informados sobre o resultado da investigação e apresentaram na quinta-feira a promessa conjunta de lutarem contra o doping e a corrupção.

Lawler disse estar otimista de que infratores --incluindo treinadores, jogadores e médicos-- sejam processos criminalmente.

O ministro de Assuntos Internos, Jason Clare, disse que a investigação da ACC focou principalmente o uso de doping, abrangendo muitos atletas e equipes em várias modalidades.

"As conclusões são chocantes e vão desagradar aos torcedores australianos", disse ele a jornalistas, acrescentando que as ligações com o crime organizado são particularmente sérias, por abrirem a oportunidade também para manipulações de resultados. "É trapaça, mas é pior do que isso. É trapaça com a ajuda de criminosos", afirmou.

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