Atropelador apoiava grupo de ódio contra mulheres, suspeita polícia
O autor deve ter se inspirado em Elliot Rodger, um americano que matou 6 pessoas em 2014 por matou seis pessoas, por ter sido rejeitado por mulheres
EFE
Publicado em 25 de abril de 2018 às 08h37.
Toronto - A polícia de Toronto, no Canadá , confirmou na terça-feira que está investigando uma mensagem com tons misóginos postada na página do Facebook de Alek Minassian, o suposto autor das mortes de dez pessoas na última segunda, pouco antes de causar o massacre.
Os investigadores revelaram durante uma entrevista coletiva que a mensagem na página do Facebook parece autêntica e faz referência a Elliot Rodger, um americano de 22 anos que em 2014, matou seis pessoas antes de se suicidar.
Antes de cometer os assassinatos, Rodger acusou as mulheres de fazer dele um "incel", um termo que significa "solteiro involuntário", pois tinha sido rejeitado por várias mulheres.
Na mensagem atribuída agora a Minassian, pouco antes que, supostamente, atropelasse dezenas de pessoas nas ruas de Toronto, o jovem de 25 anos declarou que "a rebelião incel começou. Derrubaremos todos os Chads e Stacys".
Os termos Chads e Stacys também foram usados por Rodger em sua alegação misógina. Segundo Rodger, Chads são os homens que têm sucesso com as mulheres, enquanto Stacys são os que são rechaçados.
A polícia afirmou que a maioria das vítimas do ataque com a caminhonete são mulheres, com idades entre 20 e 80 anos de idade.
Durante a entrevista coletiva, a polícia também esclareceu alguns erros produzidos, segundo eles, pela "fluidez" da situação.
O chefe de polícia de Toronto, Mark Saunders, disse que Minassian foi detido sete minutos depois que a central recebeu a primeira ligação telefônica sobre o atropelamento, não 26 minutos como foi declarado na segunda-feira.
A polícia também rebaixou de 15 para 14 o número de feridos.