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Ativistas britânicos fazem vigília por jovem paquistanesa

A menina Malala, baleada na cabeça por talibãs, está sendo tratada em um hospital na Inglaterra

Ativistas fazem vigília em Birmingham: os participantes seguraram cartazes com a frase "Eu sou Malala" e colocaram dois buquês de flores brancas e rosas no chão (Gavin Fogg/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2012 às 12h54.

Birmingham - Ativistas britânicos realizaram nesta quinta-feira uma vigília por Malala Yousafzai, enquanto médicos afirmaram que o estado da jovem paquistanesa de 14 anos baleada na cabeça pelo grupo talibã permanece estável.

A adolescente está sendo tratada em um hospital de Birmingham, no centro da Inglaterra, depois de ter sido levada à Grã-Bretanha na segunda-feira para receber um atendimento especializado.

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"O estado de Malala Yousafzai permanece estável. Ela passou uma terceira confortável noite no Hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, e os médicos estão satisfeitos com seu progresso até agora", informou o hospital em um comunicado.

"Os vários consultores especialistas dos hospitais Queen Elizabeth e Birmingham Children continuam a avaliar seu estado diariamente", explicou.

Sua família permanece no Paquistão , acrescentou o hospital, que também trata os soldados britânicos feridos no Afeganistão.

Malala foi baleada em um ônibus escolar no ex-reduto talibã do vale do Swat na semana passada como punição por defender o direito das mulheres à educação, em um ataque que revoltou o mundo.

No centro de Birmingham, uma dúzia de ativistas dos grupos Women2Gether e Amina Women's Group realizou uma vigília em frente aos prédios do governo local.

Os participantes seguraram cartazes com a frase "Eu sou Malala", acenderam velas brancas e colocaram dois buquês de flores brancas e rosas no chão.


Uma integrante do Amina Women's Group afirmou à imprensa: "A corajosa Malala disse o que muitas de nós gostaríamos de dizer mas temos muito medo para isso".

"Uma menina de 14 anos defendeu os direitos das mulheres e meninas em uma região onde o fundamentalismo luta para tomar o poder", explicou.

"Por causa disso, ela foi baleada na cabeça. Como muitos no mundo, estamos motivados e inspirados por sua coragem e desejamos a ela e aos seus amigos uma recuperação rápida", explicou.

Birmingham tem uma comunidade paquistanesa forte, com cerca de 100.000 membros - um décimo da população da cidade.

O jornal Birmingham Mail afirmou que muitas pessoas na segunda maior cidade da Grã-Bretanha ofereceram suas casas para a família de Malala enquanto ela está sendo tratada.

Um porta-voz do hospital Queen Elizabeth informou ao jornal: "As pessoas estão oferecendo todo tipo de ajuda que podem pensar. Médicos de todo o mundo querem ajudar no hospital".

"Fomos contactados por diversos grupos, que se ofereceram para organizar livros de visita on-line e organizar vigílias", disse.

"E recebemos milhares de e-mails e ligações de simpatizantes. Muitos deles querem dar a Malala presentes e cartões", afirmou.

Mensagens de apoio foram deixadas no site do hospital, a maioria delas elogiando sua campanha e rezando por sua recuperação.

Doações para seu tratamento, que está sendo financiado pelo governo do Paquistão, estão sendo repassadas ao Hospital Queen Elizabeth.

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