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Ativista dos direitos humanos condenado a 18 anos no Irã

O advogado também foi condenado a 20 anos de proibição de exercer a profissão pelo tribunal revolucionário de Teerã

Abdolfattah Soltani é um dos fundadores do Círculo dos Defensores dos Direitos Humanos, ao lado da advogada iraniana Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz (Behrouz Mehri/AFP)

Abdolfattah Soltani é um dos fundadores do Círculo dos Defensores dos Direitos Humanos, ao lado da advogada iraniana Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz (Behrouz Mehri/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 08h42.

Teerã - O advogado e ativista dos direitos humanos iraniano Abdolfattah Soltani foi condenado recentemente a 18 anos de prisão e 20 anos de proibição de exercer a profissão pelo tribunal revolucionário de Teerã, informaram sites ligados à oposição.

Ao confirmar a informação, a Anistia Internacional (AI) pediu em um comunicado a libertação do prisioneiro, que tem o apoio da organização desde que foi detido em setembro de 2011.

"Um dos advogados de meu marido foi informado de que ele havia sido condenado a 18 anos de prisão em Borazjan (uma pequena cidade do sul do Irã) e a 20 anos de proibição de exercer a profissão", declarou Masumeh Dehqan, a esposa de Soltani, ao site da oposição reformista Rahesabz.

Dehqan não soube informar a data da condenação, que não foi anunciada pelas autoridades nem pela imprensa iranianas.

A detenção do advogado foi criticada por Catherine Ashton, a chefe da diplomacia da União Europeia.

Abdolfattah Soltani, que já havia sido detido em duas ocasiões, em 2005 e 2009, é um dos fundadores do Círculo dos Defensores dos Direitos Humanos, ao lado da advogada iraniana Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz.

Segundo a Anistia Internacional, Soltani foi acusado pelo tribunal revolucionário de Teerã de "organizar um grupo de oposição ilegal, participar em comícios com o objetivo de prejudicar a segurança nacional e de propaganda contra o regime".

Também foi acusado de ter aceitado um "prêmio ilegal" ao ter recebido em 2009 o Prêmio Internacional dos Direitos Humanos de Nuremberg (Alemanha), segundo a AI.

"Meu marido rejeita as acusações e vai apresentar um recurso de apelação", declarou Dehqan.

Ela disse ainda que Soltani, de 58 anos, tem problemas de saúde.

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