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Atirador ia a boate e usava app para público gay, diz jornal

Segundo veículos internacionais, Omar Mateen era frequentador da boate gay Pulse e usuário de aplicativos de paquera voltados ao público LGBTQ

Omar Mateen: segundo testemunhas, o atirador da boate Pulse era visto com frequência no local. Família nega que revelações (Omar Mateen via Myspace/Handout via REUTERS)

Gabriela Ruic

Publicado em 14 de junho de 2016 às 11h08.

São Paulo – Omar Mateen, o americano de 29 anos que matou 49 pessoas no último sábado (11) em Orlando, Flórida, era frequentador da boate gay Pulse e usuário de aplicativos de paquera voltados ao público LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Simpatizantes).

Essas informações foram divulgadas no final da noite desta segunda-feira e no início da manhã desta terça, enquanto autoridades ainda tentam montar o complexo quebra-cabeças que é a personalidade de Omar, que morreu no local durante o tiroteio com a polícia, e compreender as motivações do ataque .

Diferentes veículos de imprensa, como os jornais americanos Orlando Sentinel (OS) e Los Angeles Times (LAT), o britânico The Guardian e a agência de notícias Associated Press (AP) entrevistaram dezenas de clientes frequentes da Pulse e que corroboram que ele era presença constante no local.

“Ele algumas vezes sentava no canto e bebia sozinho e outras bebia demais, começava a falar alto e tinha um comportamento beligerante”, contou ao OS Ty Smith. “Ele era homossexual e estava tentando conhecer outros homens”, disse Jim Van Horn, 71 anos.

Outro homem, Kevin West, que também é assíduo da casa, disse ao LAT ter trocado mensagens com Omar por cerca de um ano por meio de um app de relacionamentos, mas nunca se encontraram pessoalmente.

Para Seddique Mateen, pai de Omar, não é verdade que seu filho fosse gay . Em entrevista ao The Guardian, ele questionou: “Se fosse gay, por que fez isso? ” Em outra ocasião, num vídeo endereçado para a comunidade afegã, ele condenou as ações de Omar, se disse muito triste pelo que aconteceu e sugeriu que “só Deus poderia punir os gays”.

Um passado conturbado

Omar tinha 29 anos, nasceu na cidade de Nova York, mas vivia na Flórida. Ele era muçulmano, filho de pais afegãos e trabalhava como segurança. Foi casado por oito anos e descrito pela ex-mulher como “instável” e “abusivo”.

De acordo com seu Seddique, o atirador era homofóbico e se mostrou descontrolado em uma ocasião em que testemunhou dois homens se beijando na frente de seus filhos em Miami.

Atentado na boate

Na madrugada de sábado (11) para domingo (12), Omar atirou mais de 300 pessoas que estavam na festa latina promovida pela Pulse. Enquanto o desespero tomava conta do local, o atirador ligou para a polícia para informar sobre o que ocorria e jurar lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI).

O grupo mais tarde o ato nas redes sociais, divulgando imagens de Omar e o reconhecendo como um de seus combatentes. Ao identificar Omar, o FBI confirmou que ele foi por duas vezes investigado por laços com o terrorismo, mas não chegou a ser processado.

Para autoridades americanas, o ataque de Omar está sendo tratado como um crime de ódio, movido pela homofobia, e também como um ato terrorista, mas ainda investigam se os laços do atirador com o EI eram verdadeiros.

O ataque na boate Pulse é o maior massacre a tiros da história dos Estados Unidos e o segundo maior ato terrorista no país desde o 11 de setembro. É também o pior ato contra a comunidade LGBTQ registrado em solo americano.

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São Paulo – Omar Mateen, o americano de 29 anos que matou 49 pessoas no último sábado (11) em Orlando, Flórida, era frequentador da boate gay Pulse e usuário de aplicativos de paquera voltados ao público LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Simpatizantes).

Essas informações foram divulgadas no final da noite desta segunda-feira e no início da manhã desta terça, enquanto autoridades ainda tentam montar o complexo quebra-cabeças que é a personalidade de Omar, que morreu no local durante o tiroteio com a polícia, e compreender as motivações do ataque .

Diferentes veículos de imprensa, como os jornais americanos Orlando Sentinel (OS) e Los Angeles Times (LAT), o britânico The Guardian e a agência de notícias Associated Press (AP) entrevistaram dezenas de clientes frequentes da Pulse e que corroboram que ele era presença constante no local.

“Ele algumas vezes sentava no canto e bebia sozinho e outras bebia demais, começava a falar alto e tinha um comportamento beligerante”, contou ao OS Ty Smith. “Ele era homossexual e estava tentando conhecer outros homens”, disse Jim Van Horn, 71 anos.

Outro homem, Kevin West, que também é assíduo da casa, disse ao LAT ter trocado mensagens com Omar por cerca de um ano por meio de um app de relacionamentos, mas nunca se encontraram pessoalmente.

Para Seddique Mateen, pai de Omar, não é verdade que seu filho fosse gay . Em entrevista ao The Guardian, ele questionou: “Se fosse gay, por que fez isso? ” Em outra ocasião, num vídeo endereçado para a comunidade afegã, ele condenou as ações de Omar, se disse muito triste pelo que aconteceu e sugeriu que “só Deus poderia punir os gays”.

Um passado conturbado

Omar tinha 29 anos, nasceu na cidade de Nova York, mas vivia na Flórida. Ele era muçulmano, filho de pais afegãos e trabalhava como segurança. Foi casado por oito anos e descrito pela ex-mulher como “instável” e “abusivo”.

De acordo com seu Seddique, o atirador era homofóbico e se mostrou descontrolado em uma ocasião em que testemunhou dois homens se beijando na frente de seus filhos em Miami.

Atentado na boate

Na madrugada de sábado (11) para domingo (12), Omar atirou mais de 300 pessoas que estavam na festa latina promovida pela Pulse. Enquanto o desespero tomava conta do local, o atirador ligou para a polícia para informar sobre o que ocorria e jurar lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI).

O grupo mais tarde o ato nas redes sociais, divulgando imagens de Omar e o reconhecendo como um de seus combatentes. Ao identificar Omar, o FBI confirmou que ele foi por duas vezes investigado por laços com o terrorismo, mas não chegou a ser processado.

Para autoridades americanas, o ataque de Omar está sendo tratado como um crime de ódio, movido pela homofobia, e também como um ato terrorista, mas ainda investigam se os laços do atirador com o EI eram verdadeiros.

O ataque na boate Pulse é o maior massacre a tiros da história dos Estados Unidos e o segundo maior ato terrorista no país desde o 11 de setembro. É também o pior ato contra a comunidade LGBTQ registrado em solo americano.

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