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Atentado mata segurança de embaixada dos EUA na Turquia

Um terrorista, identificado como Ecevit Sanli, detonou uma bomba que carregava, morrendo no ato e matando um segurança turco de 47 anos


	Turquia: o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que o país continuará lutando firmemente contra "os que ataquem a paz".
 (Wikimedia Commons)

Turquia: o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que o país continuará lutando firmemente contra "os que ataquem a paz". (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 15h44.

Ancara - Um atentando suicida cometido por um militante de extrema-esquerda contra a embaixada dos Estados Unidos em Ancara deixou nesta sexta-feira dois mortos - um segurança da legação diplomática e o próprio terrorista -, além de três feridos.

O ataque, ocorrido por volta das 11h15 GMT (9h15 de Brasília), aconteceu no controle de segurança de uma das entradas, que dá acesso à seção consular.

O terrorista, identificado como Ecevit Sanli, detonou uma bomba que carregava, morrendo no ato e matando um segurança turco de 47 anos.

O ministro do Interior da Turquia, Muammer Güler, confirmou à imprensa que o terrorista era membro de "uma organização de esquerda ilegal", habitual maneira do governo de de referir ao Partido Frente Revolucionária de Libertação Popular (DHKP/C).

Na explosão ficaram levemente feridos outros dois seguranças. Uma jornalista que estava no local para pedir um visto americano sofreu ferimentos graves e foi levada a um hospital de Ancara, mas não corre risco de morrer.

Um repórter turco que foi ao local da detonação, afirmou à Agência Efe que aconteceu "uma explosão muito forte, que danificou carros e edifícios próximos".

Após o atentado, as embaixadas em Ancara elevaram o nível de vigilância, e a polícia isolou a região, enquanto a legação americana declarou alerta vermelho e posicionou franco-atiradores no telhado, segundo o jornal turco "Hürriyet".


"Atos como o de hoje mostram claramente o dano que o terrorismo causa a nossos países. Essas ações reafirmam nossa decisão de encontrar uma solução para este problema e nos fazem continuar firmemente unidos", declarou Francis Ricciardone, embaixador dos Estados Unidos na Turquia.

A embaixada emitiu um comunicado para advertir os cidadãos americano que não visitem "até novo aviso" a legação nem os consulados em Istambul e Adana, e que evitem lugares de manifestações ou protestos públicos.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que o país continuará lutando firmemente contra "os que ataquem a paz".

Fontes policiais disseram ao jornal "Radikal" que o terrorista tinha sido preso em 1997 após participar de um ataque contra um quartel e ficou atrás das grades até 2002.

O DHKP/C é dissidente do movimento esquerdista Dev Sol e, desde então, realizou vários atentados, alguns deles suicidas.

Os últimos ocorreram em setembro, quando um suposto membro do grupo detonou explosivos em uma delegacia de Istambul, matando um policial; e em dezembro, quando dois ativistas assassinaram a tiros um policial na mesma cidade.

Há dez dias, as autoridades turcas detiveram 21 pessoas, entre elas nove advogados, sob a acusação de pertencerem ao DHKP/C, o que motivou protestos de diversos setores da sociedade.

Na quarta-feira, duas baterias de sistemas antimísseis Patriot procedentes dos Estados Unidos chegaram à Turquia e serão enviados nos próximos dias para perto da cidade de Gaziantep para resistir à hipotética ameaça de disparo de mísseis da Síria. 

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