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Atentado mata 12 pessoas em posto de gasolina no Afeganistão

O ataque reivindicado pelo Estado Islâmico matou civis que estavam no posto de gasolina em que o homem-bomba atacou um veículo afegão

Após o atentado, o local, veículos e caminhões próximos ficaram totalmente destruídos (Parwiz/Reuters)
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AFP

Publicado em 10 de julho de 2018 às 11h12.

Um homem-bomba que pretendia atacar as forças de segurança afegãs detonou sua carga explosiva nesta terça-feira nas proximidades de um posto de gasolina em Jalalabad, leste do país, e matou pelo menos 12 pessoas.

Dez vítimas fatais eram civis que estavam no local em que o homem-bomba atacou um veículo do serviço de inteligência afegão, uma ação reivindicada pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

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Cinco pessoas ficaram gravemente feridas por queimaduras, informou o médico Najibullah Kmawal, secretário de Saúde de Jalalabad.

O terrorista chegou a pé e detonou a carga explosiva quando estava perto de um posto de gasolina, que pegou fogo, em um incêndio que durou várias horas, informou o porta-voz do governo provincial, Attaullah Khogyani.

"Vi uma enorme bola de fogo e as pessoas começaram a correr. Alguns estavam em chamas. O incêndio demorou várias horas para ser controlado", disse uma testemunha, que se identificou como Esmatullah.

Após o atentado, o local ficou totalmente destruído, assim como os veículos e caminhões que estavam nos arredores.

O ataque aconteceu às 10H00 locais (3H30 de Brasília), mas os serviços de emergência só conseguiram controlar as chamas várias horas de pois e estabelecer um balanço oficial de vítimas.

Em uma mensagem divulgada no aplicativo Telegram, o órgão de propaganda do EI informou sobre o atentado e anunciou que o "homem-bomba, com uma grande quantidade de explosivos, atacou os serviços de inteligência afegãos".

O chefe da polícia provincial, Ghulam Sanayee Estanakzai, confirmou que os alvos do ataque eram membros do Serviço de Inteligência (NDS).

Jalalabad é a capital de Nangarhar, província na fronteira com o Paquistão e que tem a presença de talibãs e de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI).

A pressão exercida nos últimos meses pelas forças afegãs, apoiadas pelo exército americano, em sua luta contra o terrorismo permitiu expulsar o EI recentemente de três distritos que estavam sob controle do grupo nos últimos dois anos -Kot, Achin e Deh Bala.

Mas a presença do EI está longe de ser eliminada na região, apesar da instalação de postos avançados americanos sobre as colinas de Deh Bala e de uma vigilância constante.

Desde o fim do cessar-fogo de três dias respeitado em meados de junho entre as forças de segurança e os talibãs, Jalalabad é a região que sofreu a maior quantidade de atentados, enquanto o nível de violência caiu no sul e sudeste do país.

Com o apoio da Organização da Conferência Islâmica, mais de 100 líderes religiosos de quase 40 países estão reunidos até quarta-feira em Jidá, na Arábia Saudita, onde podem reiterar a afirmação de que o conflito afegão não tem legitimidade religiosa, como destacou em junho o conselho dos ulemás afegãos.

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