Ataques onde estava novo presidente somali deixa 4 mortos
O novo líder não foi atingido pelos ataques que deixaram vários feridos
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2012 às 13h18.
Mogadíscio - Pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas em dois atentados suicidas realizados nesta quarta-feira em frente a um hotel de Mogadíscio, onde o novo presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud, participava de uma conferência.
Segundo pôde constatar a Agência Efe, o presidente somali não foi atingido pelos ataques, assim como uma delegação do Quênia, que era liderada por seu ministro das Relações Exteriores, Sam Ongeri, e também participava da conferência.
O agente da polícia da Somália Yousef Ali, que vigiava o hotel no momento dos ataques, explicou à Agência Efe que os ataques ocorreram em frente ao Hotel Jazeera depois que três homens tentaram invadir o local.
Segundo a fonte, os guardas de segurança conseguiram disparar contra dois deles, enquanto o outro se suicidou. Neste ataque, um soldado das forças pró-governo ficou gravemente ferido.
Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do atentado, esta ação ocorre apenas um dia depois que os radicais islâmicos do Al Shabab emitissem um comunicado dizendo que o processo de transição na Somália e a escolha do presidente faziam parte de uma manobra do Ocidente que não defendia os interesses do país africano.
Mohamud foi eleito presidente da Somália na última segunda-feira após ter obtido os votos de 190 dos 275 deputados do novo Parlamento do país, um fato que encerrou a transição política iniciada em 2004 e respaldada pela ONU.
Apesar de seu processo de transição política ter sido concluído, a Somália ainda se encontra imersa em uma guerra entre as tropas da União Africana, o Exército somali e outras forças aliadas, além dos constantes ataques do Al Shabab, que deseja instaurar um Estado muçulmano de corte wahhabista no país.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi deposto. A partir daí, o país ficou sem um Governo medianamente efetivo e em mãos de milícias islamitas, senhores da guerra e grupos armados.