Ataque em emissora de TV afegã mata 3 terroristas e 2 civis
Forças especiais isolaram a área onde está localizado o canal, situado perto dos escritórios do governador estadual e de um posto policial
EFE
Publicado em 17 de maio de 2017 às 06h40.
Última atualização em 17 de maio de 2017 às 06h45.
Cabul - Três membros de um grupo que atacou nesta quarta-feira a sede da Rádio Televisão Nacional do Afeganistão (RTA) em Jalalabad, capital da província de Nangarhar, foram mortos pelas forças afegãs, enquanto que dois civis faleceram, subindo para cinco o número de vítimas fatais.
O porta-voz da polícia de Nangarhar, Hazrat Hussain Mashriqiwal, disse à Agência Efe que "até o momento, três atacantes" de um número ainda não confirmado foram mortos pelas forças de segurança.
"As forças de segurança estão realizando cuidadosas buscas no edifício, não sabemos se ainda há outros atacantes com vida ou se eram apenas os três", afirmou.
Já o diretor de Saúde Pública da província, Najibullah Kamawal, disse que até o momento deram entrada no hospital estadual, 17 feridos e dois mortos.
"Os feridos estão fora de perigo, sete deles já até receberam alta após receber os primeiros socorros", disse.
De acordo o porta-voz do governador de Nangarhar, Attaullah Khogyanai, "um número indeterminado de atacantes" iniciou o atentado no local por volta das 10h (hora local) e que pelo menos "três explosões" foram ouvidas no interior da sede do canal.
A RTA anunciou que homens armados tinham atacado sua sede em Jalalabad, mas até o momento não deu novas informações sobre o caso.
Um funcionário do canal, que pediu anonimato, explicou que vários homens-bomba com bastante explosivos entraram no local, onde aconteceu uma "violenta" troca de tiros.
Nenhum grupo insurgente reivindicou a autoria do ataque.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, disse que o grupo não tem "nada a ver" com o atentado.
A província de Nangarhar, fronteira com Paquistão, é uma das mais convulsas do Afeganistão e bastião do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no país, além de ter uma importante presença dos talibãs.