Ataque contra União Africana mata dezenas na Somália
Testemunhas falaram de ao menos 50 mortos, mas o ataque ocorreu em uma região de difícil acesso e nenhum relatório oficial foi fornecido
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2015 às 14h35.
Dezenas de pessoas, em sua maioria soldados do Burundi, foram mortas nesta sexta-feira na localidade de Lego por islamitas shebab, em um ataque a uma base da força da União Africana na Somália (Amisom).
Se o balanço for confirmado, o ataque será um dos mais mortais dos últimos anos contra a Amisom, presente na Somália desde 2007 para apoiar as autoridades somalis em sua luta contra o shebab.
"Os combates foram os mais violentos já registrados na região, os combatentes shebab tomaram completamente o controle da base e mataram muitos soldados", declarou à AFP Alinur Mohamed, um líder local da aldeia de Lego, localizada uma centena de quilômetros a noroeste da capital Mogadíscio.
Testemunhas falaram de ao menos 50 mortos, mas o ataque ocorreu em uma região de difícil acesso e nenhum relatório oficial foi fornecido.
O shebab afirmou nesta sexta-feira que havia tomado esta base da UA, localizada na estrada que liga Mogadíscio à cidade de Baidoa, tendo feito "dezenas" de mortos e apreendido várias armas.
Eles também asseguraram que a sua bandeira havia sido hasteada na base. Seu porta-voz, Ali Mohamud Rage, comemorou "um dia feliz para a nação muçulmana".
A Amisom condenou o ataque e confirmou "perdas" entre o contingente burundês, sem fornecer mais detalhes. O seu líder, Maman Sidikou, garantiu que o ataque "não abalaria (a) determinação (da força) de continuar a apoiar o governo e o povo da Somália até que sejam libertados do terrorismo".
Um porta-voz da força, o tenente-coronel Paul Njuguna, havia dito anteriormente que os combates duraram várias horas na base, e que reforços foram enviados para lá.
Segundo habitantes, o ataque começou com um atentado suicida com carro-bomba na entrada da base, antes de dezenas de milicianos armados com metralhadoras e lançadores de granadas lançarem a ofensiva.
Outro chefe local, Ahmed Bulle, disse que viu insurgentes saquear o local.
"O shebab tomou completamente o controle da área, o número de mortes pode ser superior a 50", afirmou. "Há muitos corpos, a maioria deles usam uniformes".
A base de Lego era guardada por cem soldados do Burundi, que fazem parte da força de 22.000 homens da Amisom.
O Exército burundinês já pagou um preço muito alto na luta contra o shebab na Somália.
Em outubro de 2011, os shebabs exibiram na periferia de Mogadíscio dezenas de corpos de soldados originários deste pequeno país africano, após os intensos combates na capital.
No início do mesmo ano, o contingente burundinês perdeu mais de 40 homens em apenas duas semanas em uma ofensiva do governo somali e da Amisom em Mogadíscio contra o shebab.
Desde então, os islamitas, que lideram um levante armado desde 2007, foram expulsos da maioria de seus redutos na Somália.
No entanto, eles mantêm o controle sobre grandes áreas rurais e realizam operações de guerrilha, especialmente contra alvos institucionais, tradicionalmente intensificando suas ações durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã.
Na quarta-feira, pelo menos seis pessoas morreram na capital somali em um ataque com carro-bomba reivindicado pelos islamistas e que teve como alvo um comboio da embaixada dos Emirados Árabes Unidos.
Dezenas de pessoas, em sua maioria soldados do Burundi, foram mortas nesta sexta-feira na localidade de Lego por islamitas shebab, em um ataque a uma base da força da União Africana na Somália (Amisom).
Se o balanço for confirmado, o ataque será um dos mais mortais dos últimos anos contra a Amisom, presente na Somália desde 2007 para apoiar as autoridades somalis em sua luta contra o shebab.
"Os combates foram os mais violentos já registrados na região, os combatentes shebab tomaram completamente o controle da base e mataram muitos soldados", declarou à AFP Alinur Mohamed, um líder local da aldeia de Lego, localizada uma centena de quilômetros a noroeste da capital Mogadíscio.
Testemunhas falaram de ao menos 50 mortos, mas o ataque ocorreu em uma região de difícil acesso e nenhum relatório oficial foi fornecido.
O shebab afirmou nesta sexta-feira que havia tomado esta base da UA, localizada na estrada que liga Mogadíscio à cidade de Baidoa, tendo feito "dezenas" de mortos e apreendido várias armas.
Eles também asseguraram que a sua bandeira havia sido hasteada na base. Seu porta-voz, Ali Mohamud Rage, comemorou "um dia feliz para a nação muçulmana".
A Amisom condenou o ataque e confirmou "perdas" entre o contingente burundês, sem fornecer mais detalhes. O seu líder, Maman Sidikou, garantiu que o ataque "não abalaria (a) determinação (da força) de continuar a apoiar o governo e o povo da Somália até que sejam libertados do terrorismo".
Um porta-voz da força, o tenente-coronel Paul Njuguna, havia dito anteriormente que os combates duraram várias horas na base, e que reforços foram enviados para lá.
Segundo habitantes, o ataque começou com um atentado suicida com carro-bomba na entrada da base, antes de dezenas de milicianos armados com metralhadoras e lançadores de granadas lançarem a ofensiva.
Outro chefe local, Ahmed Bulle, disse que viu insurgentes saquear o local.
"O shebab tomou completamente o controle da área, o número de mortes pode ser superior a 50", afirmou. "Há muitos corpos, a maioria deles usam uniformes".
A base de Lego era guardada por cem soldados do Burundi, que fazem parte da força de 22.000 homens da Amisom.
O Exército burundinês já pagou um preço muito alto na luta contra o shebab na Somália.
Em outubro de 2011, os shebabs exibiram na periferia de Mogadíscio dezenas de corpos de soldados originários deste pequeno país africano, após os intensos combates na capital.
No início do mesmo ano, o contingente burundinês perdeu mais de 40 homens em apenas duas semanas em uma ofensiva do governo somali e da Amisom em Mogadíscio contra o shebab.
Desde então, os islamitas, que lideram um levante armado desde 2007, foram expulsos da maioria de seus redutos na Somália.
No entanto, eles mantêm o controle sobre grandes áreas rurais e realizam operações de guerrilha, especialmente contra alvos institucionais, tradicionalmente intensificando suas ações durante o mês de jejum muçulmano do Ramadã.
Na quarta-feira, pelo menos seis pessoas morreram na capital somali em um ataque com carro-bomba reivindicado pelos islamistas e que teve como alvo um comboio da embaixada dos Emirados Árabes Unidos.