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Ataque a posto policial na Colômbia mata 4 e fere mais de 40

Segundo o comandante da polícia de Barranquilla, um dos supostos agressores foi capturado

Polícia colombiana coleta provas em posto policial que sofreu ataque em Barranquilla, Colômbia (Twitter/Polícia colombiana/Divulgação)
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AFP

Publicado em 27 de janeiro de 2018 às 16h58.

Ao menos quatro policiais morreram e 42 ficaram feridos em um ataque com explosivos ocorrido neste sábado na cidade colombiana de Barranquilla, que inicialmente foi atribuído pelas autoridades a quadrilhas do tráfico de drogas.

Esse é um dos piores atentados cometidos nos últimos anos contra a força pública em uma das grandes cidades da Colômbia, em meio aos esforços do governo para superar um conflito armado de mais de meio século financiado, em grande parte, pelo narcotráfico.

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Os policiais foram atacados na primeira hora do dia quando estavam em formação no posto de comando do bairro San José de Barranquilla, segundo o comandante da polícia local, Mariano Botero.

O ataque foi perpetrado por vários homens que aparentemente colocaram uma bomba e a ativaram por controle remoto, acrescentou o oficial.

Uma fonte do comando policial disse à AFP que no momento da explosião havia 49 homens fardados no local, dos quais quatro morreram e 42 ficaram feridos.

Um balanço inicial fornecido pelo general Botero contabilizava três mortos e 14 feridos. Segundo o comandante da polícia de Barranquilla, um dos supostos agressores foi capturado.

O presidente Juan Manuel Santos expressou lamentou a ação.

"Repúdio total ao covarde atentado contra estação de @PoliciaBquilla. Não descansaremos até encontrar os responsáveis. Minha solidariedade comm os familiares das vítimas e feridos", escreveu Santos em sua conta no Twitter.

Retaliação

As autoridades estimam que organizações dedicadas ao "microtráfico" de drogas pode estar por trás das ações.

"Não temos a menor dúvida (de) que isso é uma retaliação aos muitos golpes certeiros que têm sido dados pela polícia não somente no microtráfico de Barranquilla, como fora (dessa área)", declarou o prefeito da cidade, Alejandro Char.

O general Botero também trabalha com a possibilidade de que seja uma vingança do crime organizado após ações contra seus "homens".

Segundo o principal jornal de Barranquilla, El Heraldo, "outra das hipóteses que está sendo analisada" é sua relação com o assalto a um carro-forte na mesma hora do atentado.

O comandante máximo da polícia na Colômbia, general Jorge Nieto, viajou a Barranquilla para solidarizar-se com seus homens feridos e com os familiares das vítimas.

O ataque contra a estação de polícia desatou uma onda de repúdio.

De Santos ao candidato presidencial da Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC), o partido surgido do acordo de paz com o antigo grupo guerrilheiro, condenaram a ação.

"Rechaçamos de forma contundente o ataque perpetrado contra o posto de polícia em Barranquilla. Toda nossa solidariedade aos familiares dos policiais mortos e moradores afetados", disse no Twitter Rodrigo Londoño, também conhecido como Timochenko.

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