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Médicos homens não podem examinar cadáveres de mulheres

Depois de pedido feito por religioso, governo saudita permitirá que corpos nus de mulheres mortas sejam examinados apenas por médicas

Mulheres em um carro na Árabia Saudita: país agora proíbe que cadáveres de mulheres sejam examinadas por médicos homens (Amer Hilabi/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2013 às 10h30.

Riad - As autoridades sauditas proibiram que médicos homens examinem cadáveres de mulheres , após um pedido feito pelo mufti Abdelaziz al Sheikh, a máxima autoridade religiosa do país, informou neste domingo o jornal local 'Okaz'.

Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde, o médico Abdelaziz Mohammed al Hamidi, seu departamento recebeu a mensagem do clérigo e determinou seu cumprimento em todo o país.

Em sua mensagem, o religioso defendeu a necessidade de que os corpos nus de mulheres mortas nos hospitais sejam examinados apenas por médicas.

Para o xeque, 'a inviolabilidade do corpo de um muçulmano morto é como a do vivo', por isso seria pecado que um homem visse uma mulher, embora morta, nua.

O pedido de Sheikh responde a várias queixas sobre médicos homens que examinaram corpos femininos em hospitais para investigar as causas de sua morte.

A mesma situação ocorre com os médicos legistas que realizam autópsias de mulheres para esclarecer crimes e veem partes íntimas do corpo feminino, criticou o mufti.

A Arábia Saudita é regida por uma rígida interpretação da lei islâmica (sharia), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos e restrições às mulheres, que cobrem seu rosto com um 'niqab' (véu que deixa apenas os olhos de fora).

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Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde, o médico Abdelaziz Mohammed al Hamidi, seu departamento recebeu a mensagem do clérigo e determinou seu cumprimento em todo o país.

Em sua mensagem, o religioso defendeu a necessidade de que os corpos nus de mulheres mortas nos hospitais sejam examinados apenas por médicas.

Para o xeque, 'a inviolabilidade do corpo de um muçulmano morto é como a do vivo', por isso seria pecado que um homem visse uma mulher, embora morta, nua.

O pedido de Sheikh responde a várias queixas sobre médicos homens que examinaram corpos femininos em hospitais para investigar as causas de sua morte.

A mesma situação ocorre com os médicos legistas que realizam autópsias de mulheres para esclarecer crimes e veem partes íntimas do corpo feminino, criticou o mufti.

A Arábia Saudita é regida por uma rígida interpretação da lei islâmica (sharia), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos e restrições às mulheres, que cobrem seu rosto com um 'niqab' (véu que deixa apenas os olhos de fora).

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