Resolução palestina à ONU exige fim da ocupação de Israel
A embaixadora jordaniana na ONU, Dina Kawar, disse que delegações árabes apoiaram a proposta de terminar a ocupação israelense de territórios até o fim de 2017
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2014 às 20h38.
Nações Unidas/Ramallah - Delegações árabes da ONU defenderam uma proposta palestina para firmar um acordo de paz com Israel dentro de um ano e terminar a ocupação israelense de territórios palestinos até o final de 2017, apesar da oposição de Israel e dos Estados Unidos. A data para uma votação da ONU não estava clara.
Diversos diplomatas ocidentais disseram à Reuters que estavam surpresos com o impulso repentino dos palestinos para submeter uma resolução final para o Conselho de Segurança da ONU nesta segunda, colocando-a para votação na terça ou na quarta-feira.
A embaixadora jordaniana na ONU, Dina Kawar, o único representante árabe no conselho, disse a jornalistas que as delegações árabes apoiaram a proposta palestina, e que os jordanianos e palestinos consultariam o conselho sobre quando votar.
Kawar havia dito anteriormente que gostaria de uma resolução que fosse apoiada por todos os 15 membros do conselho, inclusive pelos Estados Unidos.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que a resolução palestina não era construtiva e fracassava ao abordar as necessidades de segurança de Israel .
Nove votos do Conselho de Segurança são necessários para adotar uma resolução, o que forçaria então os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, a decidir pelo veto.
Diplomatas dizem que Washington provavelmente votaria contra a resolução. Israel já afirmou que uma votação do Conselho de Segurança, depois do colapso das negociações sobre a criação do Estado Palestino mediadas pelos EUA, poderia aprofundar o conflito. O país apoia negociações, mas rejeita prazos estabelecidos por terceiros.
Vários países europeus exigem um prazo mais ampliado para angariar um apoio mais amplo. Washington quer esperar até as eleições israelenses em março.
Autoridades palestinas dizem que a proposta pede que as negociações sejam baseadas em linhas territoriais que existiam antes de Israel capturar a Cisjordânia, o leste de Jerusalém e a Faixa de Gaza antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) disse que a resolução quer solucionar todas as grandes diferenças, conhecidas como "questões de status-final", em 12 meses, e o fim da ocupação até o final de 2017.
Israel, que retirou suas tropas e colonos da Faixa de Gaza em 2005, disse que sua fronteira leste ficaria indefensível se retirasse completamente suas tropas da Cisjordânia. Uma resolução palestina anterior pedia que Jerusalém fosse a capital conjunta dos Estados israelense e palestino.
A proposta final reverte uma linha mais dura, e diz que apenas Jerusalém do leste seria a capital da Palestina, segundo autoridades. Ela também pede fim dos assentamentos israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos.
Nações Unidas/Ramallah - Delegações árabes da ONU defenderam uma proposta palestina para firmar um acordo de paz com Israel dentro de um ano e terminar a ocupação israelense de territórios palestinos até o final de 2017, apesar da oposição de Israel e dos Estados Unidos. A data para uma votação da ONU não estava clara.
Diversos diplomatas ocidentais disseram à Reuters que estavam surpresos com o impulso repentino dos palestinos para submeter uma resolução final para o Conselho de Segurança da ONU nesta segunda, colocando-a para votação na terça ou na quarta-feira.
A embaixadora jordaniana na ONU, Dina Kawar, o único representante árabe no conselho, disse a jornalistas que as delegações árabes apoiaram a proposta palestina, e que os jordanianos e palestinos consultariam o conselho sobre quando votar.
Kawar havia dito anteriormente que gostaria de uma resolução que fosse apoiada por todos os 15 membros do conselho, inclusive pelos Estados Unidos.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que a resolução palestina não era construtiva e fracassava ao abordar as necessidades de segurança de Israel .
Nove votos do Conselho de Segurança são necessários para adotar uma resolução, o que forçaria então os Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, a decidir pelo veto.
Diplomatas dizem que Washington provavelmente votaria contra a resolução. Israel já afirmou que uma votação do Conselho de Segurança, depois do colapso das negociações sobre a criação do Estado Palestino mediadas pelos EUA, poderia aprofundar o conflito. O país apoia negociações, mas rejeita prazos estabelecidos por terceiros.
Vários países europeus exigem um prazo mais ampliado para angariar um apoio mais amplo. Washington quer esperar até as eleições israelenses em março.
Autoridades palestinas dizem que a proposta pede que as negociações sejam baseadas em linhas territoriais que existiam antes de Israel capturar a Cisjordânia, o leste de Jerusalém e a Faixa de Gaza antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) disse que a resolução quer solucionar todas as grandes diferenças, conhecidas como "questões de status-final", em 12 meses, e o fim da ocupação até o final de 2017.
Israel, que retirou suas tropas e colonos da Faixa de Gaza em 2005, disse que sua fronteira leste ficaria indefensível se retirasse completamente suas tropas da Cisjordânia. Uma resolução palestina anterior pedia que Jerusalém fosse a capital conjunta dos Estados israelense e palestino.
A proposta final reverte uma linha mais dura, e diz que apenas Jerusalém do leste seria a capital da Palestina, segundo autoridades. Ela também pede fim dos assentamentos israelenses e a soltura de prisioneiros palestinos.