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Após momentos difíceis, ficamos mais fortes, diz Malala

A Nobel da Paz foi a 1ª convidada do fórum do México Século XXI, e contou a jovens sobre sua experiência como imigrante e para entrar em Oxford

Malala: "Quando dispararam contra mim, no hospital tudo foi muito difícil, mas o apoio das pessoas me deu coragem" (Ginnette Riquelme/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de setembro de 2017 às 15h42.

México - A Nobel da Paz Malala Yousafzai afirmou nesta sexta-feira que todas as pessoas passam por momentos difíceis na vida, mas se mantiverem a esperança, podem sair fortalecidas.

"Quando passamos por momentos difíceis, ficamos mais fortes, mantemos a esperança de que existe a possibilidade de um futuro. Quando dispararam contra mim, no hospital tudo foi muito difícil, mas o apoio das pessoas me deu coragem", disse a jovem paquistanesa de 20 anos.

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Malala foi a primeira convidada de hoje do fórum do México Século XXI, que contará nesta sexta-feira com a presença de personalidades como o ex-presidente da França Nicolás Sarkozy, o cantor Pitbull e o ex-jogador de futebol americano Peyton Manning.

"Eu sou Malala, como estão?", disse a ativista ao se apresentar em espanhol no Auditório Nacional, com capacidade para 10 mil pessoas, e depois agradeceu os milhares de mexicanos pelo apoio em cartas, contribuições à sua fundação e mensagens nas redes.

"O que me emociona de estar aqui é a paixão dos senhores, os extremistas que me atacaram cometeram um erro porque agora não só falo para as meninas do meu país, senão para todas", disse.

A convidada confessou ser uma menina normal que, ainda que não pratique esportes, os acompanha pela televisão, sobretudo o críquete, badminton e tênis, disciplina que admira por conta do suíço Roger Federer, máximo ganhador de torneios Grand Slam.

Malala contou a milhares de jovens o longo processo que teve que passar para ser aceita na Universidade de Oxford (Reino Unido) e confessou algumas de suas experiências como imigrante, entre elas a dificuldade para fazer amigos e entender as brincadeiras de suas companheiras.

"Após um ano me adaptei e agora tenho muitos amigos", apontou a jovem, que lembrou que as mulheres são fortes e só precisam perceber isso e ultrapassar as barreiras.

"As meninas têm que acreditar nelas, na sua voz", disse ao defender a ideia de um feminismo com os homens incluídos, como parte de uma equipe.

Malala lembrou que graças a seu pai, Ziauddin Yousafzai, presente no Auditório Nacional, que defendeu a ideia de levá-la à escola, pode protestar pelas injustiças.

"Devemos despertar a mente e nos dar conta de que todos podemos nos beneficiar quando as meninas são mais educadas", disse a Nobel, que pediu aos jovens que "não se imponham limites, não se subestimem" neste encontro anual organizado pela Fundação Telmex Telcel para seus bolsistas.

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