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Após envenenamento de ex-espião, começam trabalhos de limpeza em Salisbury

Após o caso de envenenamento do ex-espião russo, a polícia trabalha para que a cidade de Salisbury volte a ser segura

Salisbury: a polícia da Inglaterra está trabalhando na investigação do caso de envenenamento do ex-espião russo (Peter Nicholls/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de maio de 2018 às 13h43.

Londres - Todos os locais da cidade inglesa de Salisbury que estavam sob custódia policial após o envenenamento de Sergei Skripal e da filha dele, Yulia, foram liberados para descontaminação, exceto a casa do ex-espião russo, informou a Polícia ao gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, nesta terça-feira.

Um porta-voz oficial dela indicou que a investigação feita pela Polícia de combate ao terrorismo após o ataque é uma das "maiores e mais complexas" já feitas no Reino Unido.

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"Os trabalhos de limpeza estão em andamento e a prioridade é fazer com que os lugares voltem a ser seguros para que possam ser novamente usados e para que Salisbury volte à normalidade", afirmou a mesma fonte.

Em 4 de março, o ex-espião e a filha sofreram um ataque nessa cidade do sul da Inglaterra com um agente neurotóxicos do tipo Novichok. O governo britânico responsabiliza à Rússia, mas esse país nega qualquer tipo de envolvimento.

O Ministério do Meio Ambiente advertiu no final do mês passado que em certas zonas da cidade existiam "concentrações relativamente altas do agente" e avisaram sobre o início dos trabalhos de limpeza em nove lugares, entre eles, a delegacia e a Prefeitura. Os demais pontos onde acredita-se que poderia ter resquício do veneno foram liberados hoje para que se possa proceder a descontaminação, exceto a residência do ex-espião.

Mais de 250 oficiais de toda a rede da Polícia antiterrorista britânica trabalham nas investigações com 160 agentes da Polícia do condado de Wiltshire, onde está Salisbury, de acordo com o porta-voz de May. Estes profissionais continuam analisando "mais de 5 mil horas de imagens em fitas de câmeras de segurança" da cidade, assim como "1.350 objetos que poderiam ter sido expostos ao veneno", acrescentou.

De acordo com ele, mais 500 testemunhas estão sendo ouvidas para esclarecer o que aconteceu. O porta-voz garantiu que o governo está dando "todo o apoio" para que a Salisbury volte ao normal, incluindo "financiamento para empresas locais e apoio às iniciativas de turismo".

O gabinete de May elogiou a "capacidade de recuperação dos moradores de Salisbury frente à interrupção generalizada causada por ações imprudentes da Rússia".

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