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Após deixar presídio, Leopoldo López pede que "luta" continue

O líder opositor venezuelano pediu neste sábado que a "resistência" nas ruas continue

Placa com o rosto do opositor Leopoldo López é carregada durante protesto contra Maduro na Venezuela em 28/04/201 (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de julho de 2017 às 17h26.

Caracas - O líder opositor venezuelano Leopoldo López pediu neste sábado que a "resistência" nas ruas continue, em uma carta lida por Freddy Guevara, dirigente do partido Vontade Popular (VP), aos simpatizantes que se concentravam no exterior de sua residência em Caracas, onde cumprirá prisão domiciliar.

"Reitero o meu compromisso de lutar até conquistar a liberdade, povo da Venezuela, este avanço, este passo é dado com maior convicção, e nesse sentido reiteramos, aos 100 dias da resistência voltemos à rua para lutar", apontou na carta López.

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Após mais de três anos e quatro meses detido, o opositor deixou a prisão militar de Ramo Verde e foi levado à sua casa no leste de Caracas, de onde saiu brevemente para cumprimentar seus seguidores.

Na mensagem lida por Guevara, López reafirmou sua "oposição a este regime", se referiu à sua transferência para casa como "um passo para a liberdade" e disse não ter "ressentimento e tampouco vontade alguma de se render".

Após ler a carta, Guevara declarou que a saída da prisão de López é uma "medida unilateral" do governo e negou qualquer acordo ou participação do político na tomada dessa decisão.

Militantes do VP presentes nos arredores da sua casa lembraram que López continua privado de sua liberdade e exigiram que esta situação tenha um fim.

Antes de Guevara finalizar sua declaração perante os jornalistas, López foi levantado por trás do portão de entrada de sua casa e acenou beijando uma bandeira venezuelana sob os gritos de euforia seus seguidores.

O político, que apresentava muito bom estado físico e mais cabelos brancos do que quando foi detido, é o opositor preso mais emblemático da Venezuela.

O fundador do VP foi declarado "prisioneiro de consciência" pela Anistia Internacional e continuará recluso seu domicílio cumprindo a pena de quase 14 anos de prisão à qual foi condenado em 2015. EFE

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