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Apesar de certa, volta de Delúbio constrange petistas

Lula defende a volta do ex-tesoureiro. Ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro e o senador Delcídio Amaral faltarão à reunião de hoje por discordar do perdão

Acusado de recolher R$ 55 milhões em "recursos não contabilizados" na campanha presidencial de 2002, Delúbio foi expulso por "gestão temerária" (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 09h57.

São Paulo - Expulso do PT há cinco anos e meio, no rastro do escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro Delúbio Soares será anistiado pelo partido no sábado. Delúbio protocolou ontem, em reunião da Executiva Nacional, o pedido de refiliação, que passará hoje pelo crivo do diretório petista.

"Venho aqui, humildemente, pedir o meu retorno ao PT. Quero voltar a ser militante do partido que ajudei a fundar", disse Delúbio, à noite, ao se encontrar com integrantes de sua antiga corrente, rebatizada de Construindo um Novo Brasil (CNB). Emocionado, o ex-homem forte do PT chorou. Muito aplaudido, fez um discurso de dez minutos, mas sem autocrítica.

O processo de reabilitação de Delúbio provocou reações no PT, embora ele conte com o apoio de pelo menos 59 dos 84 integrantes do Diretório Nacional. O ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro (RS) e o senador Delcídio Amaral (MS) faltarão à reunião de hoje e amanhã por discordar do perdão ao ex-tesoureiro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o retorno de Delúbio, seu amigo há 30 anos, mas chegou a manifestar receio de que a anistia, agora, contamine o processo dos réus do mensalão. "A partir do momento em que houver a reintegração (de Delúbio), esse tema voltará à tona e, com a repercussão, a possibilidade de interferência no julgamento é grande", concordou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), numa referência ao julgamento do caso, previsto para 2012. "De qualquer forma, não houve condenação formal e o partido não pode manter uma pena ad aeternum."

Acusado de recolher R$ 55 milhões em "recursos não contabilizados" na campanha presidencial de 2002, Delúbio foi expulso por "gestão temerária". Na prática, receberá a anistia por ter ficado em silêncio desde a maior crise que atingiu o governo Lula e dizimou a cúpula do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Expulso do PT há cinco anos e meio, no rastro do escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro Delúbio Soares será anistiado pelo partido no sábado. Delúbio protocolou ontem, em reunião da Executiva Nacional, o pedido de refiliação, que passará hoje pelo crivo do diretório petista.

"Venho aqui, humildemente, pedir o meu retorno ao PT. Quero voltar a ser militante do partido que ajudei a fundar", disse Delúbio, à noite, ao se encontrar com integrantes de sua antiga corrente, rebatizada de Construindo um Novo Brasil (CNB). Emocionado, o ex-homem forte do PT chorou. Muito aplaudido, fez um discurso de dez minutos, mas sem autocrítica.

O processo de reabilitação de Delúbio provocou reações no PT, embora ele conte com o apoio de pelo menos 59 dos 84 integrantes do Diretório Nacional. O ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro (RS) e o senador Delcídio Amaral (MS) faltarão à reunião de hoje e amanhã por discordar do perdão ao ex-tesoureiro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o retorno de Delúbio, seu amigo há 30 anos, mas chegou a manifestar receio de que a anistia, agora, contamine o processo dos réus do mensalão. "A partir do momento em que houver a reintegração (de Delúbio), esse tema voltará à tona e, com a repercussão, a possibilidade de interferência no julgamento é grande", concordou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), numa referência ao julgamento do caso, previsto para 2012. "De qualquer forma, não houve condenação formal e o partido não pode manter uma pena ad aeternum."

Acusado de recolher R$ 55 milhões em "recursos não contabilizados" na campanha presidencial de 2002, Delúbio foi expulso por "gestão temerária". Na prática, receberá a anistia por ter ficado em silêncio desde a maior crise que atingiu o governo Lula e dizimou a cúpula do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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