Apesar de certa, volta de Delúbio constrange petistas
Lula defende a volta do ex-tesoureiro. Ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro e o senador Delcídio Amaral faltarão à reunião de hoje por discordar do perdão
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2011 às 09h57.
São Paulo - Expulso do PT há cinco anos e meio, no rastro do escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro Delúbio Soares será anistiado pelo partido no sábado. Delúbio protocolou ontem, em reunião da Executiva Nacional, o pedido de refiliação, que passará hoje pelo crivo do diretório petista.
"Venho aqui, humildemente, pedir o meu retorno ao PT. Quero voltar a ser militante do partido que ajudei a fundar", disse Delúbio, à noite, ao se encontrar com integrantes de sua antiga corrente, rebatizada de Construindo um Novo Brasil (CNB). Emocionado, o ex-homem forte do PT chorou. Muito aplaudido, fez um discurso de dez minutos, mas sem autocrítica.
O processo de reabilitação de Delúbio provocou reações no PT, embora ele conte com o apoio de pelo menos 59 dos 84 integrantes do Diretório Nacional. O ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro (RS) e o senador Delcídio Amaral (MS) faltarão à reunião de hoje e amanhã por discordar do perdão ao ex-tesoureiro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o retorno de Delúbio, seu amigo há 30 anos, mas chegou a manifestar receio de que a anistia, agora, contamine o processo dos réus do mensalão. "A partir do momento em que houver a reintegração (de Delúbio), esse tema voltará à tona e, com a repercussão, a possibilidade de interferência no julgamento é grande", concordou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), numa referência ao julgamento do caso, previsto para 2012. "De qualquer forma, não houve condenação formal e o partido não pode manter uma pena ad aeternum."
Acusado de recolher R$ 55 milhões em "recursos não contabilizados" na campanha presidencial de 2002, Delúbio foi expulso por "gestão temerária". Na prática, receberá a anistia por ter ficado em silêncio desde a maior crise que atingiu o governo Lula e dizimou a cúpula do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Expulso do PT há cinco anos e meio, no rastro do escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro Delúbio Soares será anistiado pelo partido no sábado. Delúbio protocolou ontem, em reunião da Executiva Nacional, o pedido de refiliação, que passará hoje pelo crivo do diretório petista.
"Venho aqui, humildemente, pedir o meu retorno ao PT. Quero voltar a ser militante do partido que ajudei a fundar", disse Delúbio, à noite, ao se encontrar com integrantes de sua antiga corrente, rebatizada de Construindo um Novo Brasil (CNB). Emocionado, o ex-homem forte do PT chorou. Muito aplaudido, fez um discurso de dez minutos, mas sem autocrítica.
O processo de reabilitação de Delúbio provocou reações no PT, embora ele conte com o apoio de pelo menos 59 dos 84 integrantes do Diretório Nacional. O ex-ministro Patrus Ananias, o governador Tarso Genro (RS) e o senador Delcídio Amaral (MS) faltarão à reunião de hoje e amanhã por discordar do perdão ao ex-tesoureiro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende o retorno de Delúbio, seu amigo há 30 anos, mas chegou a manifestar receio de que a anistia, agora, contamine o processo dos réus do mensalão. "A partir do momento em que houver a reintegração (de Delúbio), esse tema voltará à tona e, com a repercussão, a possibilidade de interferência no julgamento é grande", concordou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), numa referência ao julgamento do caso, previsto para 2012. "De qualquer forma, não houve condenação formal e o partido não pode manter uma pena ad aeternum."
Acusado de recolher R$ 55 milhões em "recursos não contabilizados" na campanha presidencial de 2002, Delúbio foi expulso por "gestão temerária". Na prática, receberá a anistia por ter ficado em silêncio desde a maior crise que atingiu o governo Lula e dizimou a cúpula do PT. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.