Ramadi: "Água, eletricidade e outras infraestruturas, como pontes, hospitais e escolas, foram parcialmente afetados", indicou a fonte (Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 15h44.
Os combates causaram grande destruição em Ramadi, capital da província iraquiana de Al-Anbar recuperada no domingo das mãos do grupo Estado Islâmico, destacaram nesta quarta-feira autoridades iraquianas e americanas, que consideraram ser muito cedo para pensar em um retorno de civis para a cidade "libertada".
"A cidade foi destruída tanto pela atividade terrorista quanto pelas operações militares", testemunhou Ibrahim al-Osej, membro do Conselho municipal da cidade de Ramadi, que havia caído sob o controle dos jihadistas em maio.
"As primeiras estimativas mostram que mais de 3.000 casas foram completamente destruídas" nesta cidade, localizada cerca de cem quilômetros a oeste de Bagdá, segundo a autoridade.
A cidade foi quase completamente recuperada e as forças de segurança continuam a "limpar" a localidade das centenas de bombas e armadilhas deixadas pelo EI.
Os combatentes do EI espalharam centenas de explosivos pela cidade para conter o ataque lançado no dia 22 de dezembro pelas forças de elite iraquianas, que contaram com o apoio aéreo da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
"Água, eletricidade e outras infraestruturas, como pontes, hospitais e escolas, foram parcialmente afetados", indicou a fonte.
No centro de Ramadi, às margens do Eufrates, "cinco pontes foram atingidas", indicou Michael Filanowski, responsável pelas operações americanas.
Os civis começaram a fugir de Ramadi há dois anos, quando a situação começou a degenerar. E o êxodo continuou.
Dezenas de famílias trancadas em suas casas durante os combates foram evacuadas pelo exército na terça-feira a um acampamento em Habbaniyah, a leste de Ramadi.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 42% dos 3,2 milhões de iraquianos deslocados dentro do país desde o início de 2014 são da província de Al-Anbar.