Ao menos 100 norte-coreanos morreram na guerra da Ucrânia, afirma deputado sul-coreano
Relatórios apontam baixas em combates e tensões sobre papel da Coreia do Norte no conflito
Agência de notícias
Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 07h45.
Ao menos 100 soldados norte-coreanos enviados para apoiar as tropas russas na guerra da Ucrânia morreram em combate em dezembro, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira, 18, por Lee Seong-kweun, deputado sul-coreano, com base em relatórios de inteligência.
A Coreia do Norte enviou milhares de soldados para reforçar o exército russo, muitos deles mobilizados na região fronteiriça de Kursk, área parcialmente retomada pela Ucrânia durante uma ofensiva recente. Em combate, essas tropas enfrentaram ataques com mísseis e drones, além de acidentes durante o treinamento.
“Em dezembro, eles entraram em combate, durante o qual aconteceram pelo menos 100 mortes”, afirmou o deputado. O Serviço Nacional de Inteligência ( NIS ) da Coreia do Sul também estima que quase mil soldados norte-coreanos ficaram feridos nos confrontos.
Desafios e tensões internas
O deputado declarou que a alta taxa de baixas entre as tropas norte-coreanas é atribuída a um ambiente de combate desconhecido e ao uso dessas forças como unidades de ataque descartáveis na linha de frente. Além disso, surgiram reclamações entre militares russos sobre a falta de experiência dos soldados norte-coreanos com drones, o que os torna mais um fardo do que uma vantagem estratégica.
Indícios apontam ainda para baixas entre oficiais de alta patente, exacerbando as dificuldades enfrentadas pelas tropas norte-coreanas.
Possíveis desdobramentos
O NIS está monitorando a possibilidade de um reforço no envio de tropas pela Coreia do Norte. Em troca do apoio, a Rússia poderia oferecer modernização nas armas convencionais norte-coreanas, fortalecendo a cooperação militar entre os dois países.
Na terça-feira, um oficial do exército dos Estados Unidos relatou que as forças norte-coreanas na Ucrânia acumulam “centenas” de mortos e feridos, destacando os impactos significativos da guerra sobre essas unidades.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022, Rússia e Coreia do Norte têm intensificado suas relações militares. Nos últimos meses, os países firmaram um pacto de defesa mútua, que entrou em vigor em dezembro, consolidando ainda mais a aliança estratégica entre as duas nações.
Com informações de agências internacionais.