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Annan propõe criação de governo de união nacional na Síria

Annan apresentou a ideia aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que em princípio teriam demonstrado apoio a ela

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 17h48.

Nações Unidas - O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria , Kofi Annan, planejou um plano de articulação política para o país que inclui a formação de um governo de união nacional, tanto com membros leais ao presidente Bashar al-Assad quanto com ativistas da oposição, o que será debatido no sábado na reunião ministerial convocada em Genebra.

Annan apresentou a ideia aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido -, que em princípio teriam demonstrado apoio a ela, disseram nesta quinta-feira fontes diplomáticas à Agência Efe. Os detalhes serão estudados na reunião do chamado Grupo de Ação para a Síria, no próximo dia 30.

"Trata-se de criar um governo de transição, de união nacional, do qual façam parte membros do atual governo, representantes do espectro da oposição e de outros grupos, com exceção de pessoas que não favoreceriam o início da transição", explicaram as fontes.

É mais uma tentativa do ex-secretário-geral da ONU de resolver a crise que atinge o país há 16 meses. O plano seguiria um "calendário marcado".

A ideia de Kofi Annan é que a presença desse governo com poderes executivos crie o ambiente adequado para que se consiga iniciar uma transição à democracia. Por isso, seria preciso evitar a presença de pessoas "que possam prejudicar as expectativas de sucesso".

"Não se menciona explicitamente Assad, mas entendemos que sua presença colocaria em perigo essa transição", disseram as fontes. Segundo elas, até esta quinta-feira, os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU, inclusive a Síria, tinham transmitido seu apoio à iniciativa de Annan.


Essa ideia centralizará o encontro do Grupo de Ação para a Síria em Genebra, que reunirá os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Turquia, União Europeia (UE) e diversos membros da Liga Árabe.

De acordo com as fontes citadas, o plano de Annan se apresenta em um documento de três páginas, no qual, além da criação desse governo transitório, se menciona a necessidade de iniciar um amplo diálogo nacional para revisar a Constituição e o sistema judiciário, para depois submeter as reformas a um referendo.

"Este plano ressalta que Annan é o único claro mediador", indicaram as fontes diplomáticas, que explicaram que o enviado especial pediu a aceitação desta ideia para convocar a reunião do Grupo de Ação, e assim garantir a obtenção de compromissos na mesma.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira que Moscou não aceitará a imposição de receitas estrangeiras à Síria, e evitou responder sobre seu respaldo a essa iniciativa, porque, por enquanto, "não há nenhum documento pactuado" e "continuam os trabalhos" sobre o texto final da reunião de Genebra.

A reunião - que terá a presença de Lavrov e da secretária de Estado americana, Hillary Clinton - foi convocada por Annan na quarta-feira, afirmando que "os objetivos do Grupo de Ação são identificar passos e medidas que assegurem a plena aplicação do plano de seis pontos e as resoluções 2042 e 2043 do Conselho de Segurança, inclusive o fim imediato da violência".

Após 16 meses de conflito, calcula-se que morreram na Síria mais de 15 mil pessoas, cerca de 230 mil se deslocaram de forma interna e mais de 60 mil buscaram refúgio em países limítrofes, segundo dados das Nações Unidas.

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Annan apresentou a ideia aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido -, que em princípio teriam demonstrado apoio a ela, disseram nesta quinta-feira fontes diplomáticas à Agência Efe. Os detalhes serão estudados na reunião do chamado Grupo de Ação para a Síria, no próximo dia 30.

"Trata-se de criar um governo de transição, de união nacional, do qual façam parte membros do atual governo, representantes do espectro da oposição e de outros grupos, com exceção de pessoas que não favoreceriam o início da transição", explicaram as fontes.

É mais uma tentativa do ex-secretário-geral da ONU de resolver a crise que atinge o país há 16 meses. O plano seguiria um "calendário marcado".

A ideia de Kofi Annan é que a presença desse governo com poderes executivos crie o ambiente adequado para que se consiga iniciar uma transição à democracia. Por isso, seria preciso evitar a presença de pessoas "que possam prejudicar as expectativas de sucesso".

"Não se menciona explicitamente Assad, mas entendemos que sua presença colocaria em perigo essa transição", disseram as fontes. Segundo elas, até esta quinta-feira, os cinco membros do Conselho de Segurança da ONU, inclusive a Síria, tinham transmitido seu apoio à iniciativa de Annan.


Essa ideia centralizará o encontro do Grupo de Ação para a Síria em Genebra, que reunirá os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Turquia, União Europeia (UE) e diversos membros da Liga Árabe.

De acordo com as fontes citadas, o plano de Annan se apresenta em um documento de três páginas, no qual, além da criação desse governo transitório, se menciona a necessidade de iniciar um amplo diálogo nacional para revisar a Constituição e o sistema judiciário, para depois submeter as reformas a um referendo.

"Este plano ressalta que Annan é o único claro mediador", indicaram as fontes diplomáticas, que explicaram que o enviado especial pediu a aceitação desta ideia para convocar a reunião do Grupo de Ação, e assim garantir a obtenção de compromissos na mesma.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira que Moscou não aceitará a imposição de receitas estrangeiras à Síria, e evitou responder sobre seu respaldo a essa iniciativa, porque, por enquanto, "não há nenhum documento pactuado" e "continuam os trabalhos" sobre o texto final da reunião de Genebra.

A reunião - que terá a presença de Lavrov e da secretária de Estado americana, Hillary Clinton - foi convocada por Annan na quarta-feira, afirmando que "os objetivos do Grupo de Ação são identificar passos e medidas que assegurem a plena aplicação do plano de seis pontos e as resoluções 2042 e 2043 do Conselho de Segurança, inclusive o fim imediato da violência".

Após 16 meses de conflito, calcula-se que morreram na Síria mais de 15 mil pessoas, cerca de 230 mil se deslocaram de forma interna e mais de 60 mil buscaram refúgio em países limítrofes, segundo dados das Nações Unidas.

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