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Angra 1 é reativada e será interligada ao sistema elétrico

Usina foi reativada num processo chamado por técnicos como criticalização do reator e agora está em processo de reaquecimento para poder ser interligada ao SIN

Usinas de Angra: usina será interligada ao SIN ainda aquém de sua capacidade máxima de 640 megawatts (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 12h11.

Rio de Janeiro - A usina nuclear de Angra 1 foi reativada na noite de terça-feira e deve ser conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ainda nesta quarta-feira, afirmaram executivos da Eletronuclear.

A usina foi reativada por volta das 21h40 da terça-feira, num processo chamado por técnicos como criticalização do reator e agora está em processo de reaquecimento para poder ser interligada ao SIN.

Uma falha num cartão eletrônico do sistema de proteção do reator da unidade foi detectada na semana passada obrigando a desativação da usina. Testes foram feitos na semana passada e ao ser reativada, o problema se repetiu e, Angra 1 teve de ser novamente desligada.

De acordo com o assessor da diretoria de operações da Eletronuclear, Luiz Roberto Porto, a usina será interligada ao SIN ainda aquém de sua capacidade máxima de 640 megawatts. "Até o fim da semana ela estará com a plena carga. Até lá vamos fazer novos testes e observações. A volta será de forma vagarosa e com cuidado", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Os executivos da empresa revelaram que a demora no retorno de Angra 1 se deveu à dificuldade para se detectar um problema incomum no cartão eletrônico e que um problema semelhante a esse foi detectado pela última vez em 2005.

"É importante deizer que em nenhum momento a segurança da usina esteve em risco", disse Porto. "O sistema eletrônico de Angra 1 é antigo e identificar qual a origem levou um pouco de tempo (...) por isso estamos fazendo investimentos para modernização de instrumentação e controle para estender a vida da unidade", acrescentou Leonam Guimarães, assessor da presidência da Eletronuclear.


Angra 3 adiada

O executivo afirmou que o cronograma para a conclusão da construção da usina nuclear Angra 3 deve ser novamente prorrogado para depois de junho de 2016.

O primeiro prazo para a entrada em operação da usina era dezembro de 2015, mas com problemas e disputas judiciais em torno dos editais de licitação, as datas tiveram que ser postergadas.

De acordo com Guimarães, a estatal lançará em maio o edital para a fase de montagem eletromecânica de Angra 3. Já o contrato com a Areva, empresa francesa que será responsável pela etapa de instrumentação e controle da usina deve ser firmado no próximo mês.

"Só depois desse dois contratos firmados é que poderemos dar um nova data precisa de entrada em operação", disse o executivo. "Angra 3 era para dezembro de 2015 e fizemos uma atualização para junho de 2016 e, agora deve ter uma nova atualização. Vai ser depois de junho de 2016, o quanto exatamente ainda não sabemos", frisou o assessor da presidência da Eletronuclear.

Em outubro passado, o presidente da companhia, Othon Luiz Pinheiro da Silva, já havia sinalizado que o início da operação de Angra 3 poderia ficar para depois de julho de 2016. Naquele momento, 40 por cento da obra civil da usina estava pronta.

Guimarães afirmou que o atraso em Angra 3 vai aumentar o custo financeiro do empreendimento orçado em cerca de 10,3 bilhões de reais, mas não citou valores.

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Rio de Janeiro - A usina nuclear de Angra 1 foi reativada na noite de terça-feira e deve ser conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ainda nesta quarta-feira, afirmaram executivos da Eletronuclear.

A usina foi reativada por volta das 21h40 da terça-feira, num processo chamado por técnicos como criticalização do reator e agora está em processo de reaquecimento para poder ser interligada ao SIN.

Uma falha num cartão eletrônico do sistema de proteção do reator da unidade foi detectada na semana passada obrigando a desativação da usina. Testes foram feitos na semana passada e ao ser reativada, o problema se repetiu e, Angra 1 teve de ser novamente desligada.

De acordo com o assessor da diretoria de operações da Eletronuclear, Luiz Roberto Porto, a usina será interligada ao SIN ainda aquém de sua capacidade máxima de 640 megawatts. "Até o fim da semana ela estará com a plena carga. Até lá vamos fazer novos testes e observações. A volta será de forma vagarosa e com cuidado", disse ele a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Os executivos da empresa revelaram que a demora no retorno de Angra 1 se deveu à dificuldade para se detectar um problema incomum no cartão eletrônico e que um problema semelhante a esse foi detectado pela última vez em 2005.

"É importante deizer que em nenhum momento a segurança da usina esteve em risco", disse Porto. "O sistema eletrônico de Angra 1 é antigo e identificar qual a origem levou um pouco de tempo (...) por isso estamos fazendo investimentos para modernização de instrumentação e controle para estender a vida da unidade", acrescentou Leonam Guimarães, assessor da presidência da Eletronuclear.


Angra 3 adiada

O executivo afirmou que o cronograma para a conclusão da construção da usina nuclear Angra 3 deve ser novamente prorrogado para depois de junho de 2016.

O primeiro prazo para a entrada em operação da usina era dezembro de 2015, mas com problemas e disputas judiciais em torno dos editais de licitação, as datas tiveram que ser postergadas.

De acordo com Guimarães, a estatal lançará em maio o edital para a fase de montagem eletromecânica de Angra 3. Já o contrato com a Areva, empresa francesa que será responsável pela etapa de instrumentação e controle da usina deve ser firmado no próximo mês.

"Só depois desse dois contratos firmados é que poderemos dar um nova data precisa de entrada em operação", disse o executivo. "Angra 3 era para dezembro de 2015 e fizemos uma atualização para junho de 2016 e, agora deve ter uma nova atualização. Vai ser depois de junho de 2016, o quanto exatamente ainda não sabemos", frisou o assessor da presidência da Eletronuclear.

Em outubro passado, o presidente da companhia, Othon Luiz Pinheiro da Silva, já havia sinalizado que o início da operação de Angra 3 poderia ficar para depois de julho de 2016. Naquele momento, 40 por cento da obra civil da usina estava pronta.

Guimarães afirmou que o atraso em Angra 3 vai aumentar o custo financeiro do empreendimento orçado em cerca de 10,3 bilhões de reais, mas não citou valores.

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