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Com crise síria, americanos se opõem a intervenção militar

Segundo pequisa, norte-americanos acreditam que Washington deve ficar de fora do conflito, mesmo se relatos do uso de armas químicas forem confirmados

Manifestantes protestam em frente ao prédio da ONU, em Nova York, contra o uso de armas químicas na Síria: o governo nega a acusação (Adrees Latif/Reuters)

Manifestantes protestam em frente ao prédio da ONU, em Nova York, contra o uso de armas químicas na Síria: o governo nega a acusação (Adrees Latif/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 11h47.

Washington - Os norte-americanos se opõem fortemente a intervenção dos EUA na guerra civil da Síria e acreditam que Washington deve ficar de fora do conflito, mesmo que relatos de que o governo sírio utilizou produtos químicos mortais para atacar civis forem confirmados, mostrou uma pesquisa da Reuters/Ipsos.

Cerca de 60 por cento dos norte-americanos entrevistados disseram que os Estados Unidos não devem intervir na guerra civil na Síria, enquanto apenas 9 por cento responderam que o presidente Barack Obama deve agir.

O apoio dos norte-americanos à intervenção cresce caso se verifique que as armas químicas foram usadas, mas mesmo esse percentual recuou nos últimos dias.

A pesquisa Reuters/Ipsos, realizada entre 19 e 23 de agosto, descobriu que 25 por cento dos americanos apoiariam a intervenção dos EUA caso as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, tenham usado produtos químicos para atacar civis, enquanto 46 por cento se opõem à intervenção.

Obama reluta em intervir na guerra civil da Síria, mas os relatórios dos assassinatos perto de Damasco elevaram a pressão sobre a Casa Branca. O presidente norte-americano disse há um ano que armas químicas seriam uma "linha vermelha" para os EUA.

Vários americanos entrevistados na enquete desta semana, incluindo Charles Kohls, 68, um ex-oficial militar dos EUA, elogiou a cautela adotada por Obama.

"Os Estados Unidos tornaram-se a polícia do mundo e já se envolveram em muitos lugares que deveriam ser alvo das Nações Unidas, não nossa", disse Kohls em entrevista. "Eu não acho que devemos" intervir na Síria.

Kohls disse que a possibilidade de um ataque químico não alterou sua convicção de que os Estados Unidos devem ficar de fora da Síria, ou qualquer guerra.

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