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América Latina é região com mais esperança, diz Frei Betto

Frei Betto afirmou que a América Latina é o continente que tem mais esperança de futuro no mundo

Frei Betto: determinadas mudanças positivas só estão acontecendo na região, disse (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 10h22.

Panamá - Em visita ao Panamá, Frei Betto afirmou nesta quarta-feira que a América Latina é o continente que tem mais esperança de futuro no mundo porque é uma região com mais democracia , maior participação política e que mais reduziu sua desigualdade social.

O religioso e escritor, pouco antes de fazer uma conferência na Cidade do Saber (CDS) - antigo centro de formação militar transformado em centro científico e tecnológico na Zona do Canal do Panamá - sobre os novos movimentos sociais e as opções de futuro para a América Latina, disse em entrevista à Agência Efe que determinadas mudanças positivas só estão acontecendo nessa região.

Frei Betto ressaltou que o que acontece na América Latina não acontece na Ásia, que está "congelada" por governos que não mudam; nem na África, que arrasta o "sofrimento" de ciclos de colonialismo europeu; tampouco na Europa, que está "retornando ao fascismo" com a "vitória das direitas, sobretudo agora no parlamento europeu".

"Então, o que há de novo no mundo hoje são os governos democráticos populares da América Latina e a integração entre esses governos latino-americanos e caribenhos", opinou.

O autor de "Batismo de sangue" acrescentou que, por isso, o povo olha para esses governos com "muita esperança, porque a América Latina reduziu a desigualdade social nas últimas duas décadas, há muito mais democracia, muito mais participação política, muito menos ingerência do Fundo Monetário Internacional e da Casa Branca".

"Ou seja - destacou - estamos indo por um caminho que corresponde melhor às aspirações e aos desejos dos mais pobres, apesar de todas as dificuldades e contradições, que são normais".

Nesse sentido, Frei Betto - cujo verdadeiro nome é Carlos Alberto Libânio Christo - disse que por tudo isso a América está vivendo "novos tempos".

Entre os exemplos desses novos tempos e das novas maneiras de pensar o mineiro de Belo Horizonte destaca a criação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), inclusive a solidariedade com Cuba e contra o embargo dos Estados Unidos que é, opinou, "um fato inédito e que era inconcebível há dez ou 15 anos atrás".

Outra mudança que o escritor e filósofo avalia positivamente para o futuro da América Latina é que "felizmente", na atualidade "não há nenhum grupo de esquerda que proponha a luta armada".

Para ele, a luta armada hoje na América Latina "interessa só a dois setores: a extrema direita e os fabricantes de armas", e que "nem as próprias Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) querem a luta armada: querem um acordo de paz".

Frei Betto ressaltou, ainda, que a alternativa que se apresenta agora com essa situação é "como encontrar dentro dos meios pacíficos uma alternativa ao capitalismo. Hoje, é principal desafio da América Latina".

Mesmo assim, considerou que embora "não seja fácil, é preciso tentar, porque a história avança apesar de que (Francis) Fukuyama diz que a história terminou - o que é um pecado contra a esperança, que é uma virtude cristã".

O religioso também se referiu às políticas de abertura que o presidente de Cuba, Raúl Castro, está promovendo, e disse que não acredita que as mesmas ponham em risco seu modelo socialista.

Analisou, quanto a isso, que espera que o futuro de Cuba "não seja o presente da Guatemala, o presente de Honduras e de tantos países pobres e miseráveis que são países capitalistas no mundo".

"Então espero que todo esse processo de mudanças em Cuba seja para melhorar seu modelo socialista", considerou Frei Betto.

O pensador também destacou que a revolução em Cuba melhorou as condições de vida do povo e que até quando "há pobreza, não há miséria, não há nenhuma família que dorme na rua, não há máfias de drogas ou crianças abandonadas como há no Brasil".

Por outro lado, o idealizador da "Teologia da Libertação" disse que o movimento está saudável e que inclusive é visto "com simpatia" pelo papa Francisco, com quem se reuniu em Roma no dia 9 de abril.

São Paulo - Um estudo feito pelo Centro de Pensamento em Estratégias Competitivas (Cepec) da Universidade de Rosario, na Colômbia, aponta Santiago, capital chilena, como a melhor cidade da América Latina para se investir. São Paulo é a segunda colocada do ranking, que tem ainda outras duas cidades brasileiras entre as 10 primeiras - Rio de Janeiro e Brasília. Segundo a pesquisa, as cidades com a melhor colocação têm mais condições de atrair investimentos não apenas financeiros, mas de grandes empresas interessadas em desenvolver setores como o de infraestrutura e serviços. Para elaborar o ranking, os pesquisadores levaram em conta critérios econômicos, sociais e políticos. Um dos fatores avaliados foi o desempenho econômico das cidades em 2010 e a perspectiva de crescimento para 2011. Também entraram na análise varáveis como o tamanho do mercado consumidor e de capitais, a reputação das cidades no cenário global e sua estabilidade política. A infraestrutura das cidades também foi considerada na composição dos melhores cenários para atrair investimentos. Por esta razão, o Rio de Janeiro aparece na quarta posição. A cidade entrou na lista porque tem atualmente "projetos imobiliários, logísticos e de infraestrutura de grande envergadura em desenvolvimento", de acordo com o relatório do estudo. Veja nas fotos ao lado quais são as 10 cidades latinoamericanas mais atraentes para se investir.
  • 2. Santiago é melhor cidade da América Latina para investir

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  • Veja também

    São Paulo - Santiago, capital do Chile, é a cidade mais atraente da América Latina para investimentos, segundo o estudo da Universidade de Rosario. Nos últimos anos, a cidade fez esforços significativos para melhorar sua reputação no cenário global. A pesquisa destaca como pontos fortes da capital os investimentos em grandes projetos de infraestrutura, dentre os quais estão a construção de tuas torres comerciais com 60 andares cada e outros diversos projetos para o entorno, criando uma espécie de pólo empresarial; a concessão de rodovias, que agora têm sistemas eletrônicos de pedágio; e duas novas linhas de metrô que cortam a cidade de norte a sul, e de leste a oeste. Além destas obras, o estudo ressalta que as condições de vida da população de Santiago tiveram expressiva melhora nos últimos anos, com aumento do poder aquisitivo e do conforto oferecido por meio dos serviços públicos. E de acordo com os pesquisadores, quem busca oportunidades de investimento em Santiago encontra uma economia competitiva, com um profundo mercado de capitais, e a presença maciça de grandes empresas multinacionais.
  • 3. Cidade global, São Paulo é a segunda melhor para investir

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  • São Paulo - O reconhecimento e a influência de São Paulo no cenário internacional são indiscutíveis. E são estes justamente os maiores trunfos da cidade para atrair investimentos. A capital paulista é a segunda melhor da América Latina para se investir, segundo o ranking da Universidade de Rosario. A pesquisa mostra que 93 das 500 maiores multinacionais (segundo a avaliação da universidade) estão presentes na cidade. Esta é apenas uma das características que confere a São Paulo uma economia ativa e um mercado consumidor de elevado poder aquisitivo. Além disso, a cidade tem um dos mais maduros mercados de capitais da América Latina. Com estes ingredientes, a cidade torna-se ideal para receber investimentos diversos.
  • 4. Economia forte é destaque da Cidade do México

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    São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) da Cidade do México, 202 bilhões de dólares, está entre os maiores da América Latina. O porte da economia da cidade e seu ritmo de crescimento a colocam na terceira posição dentre as cidades da região com maior potencial para atrair investimentos. Segundo o estudo da Universidade de Rosario, assim como São Paulo, a Cidade do México também se destaca pela notoriedade no cenário internacional. Em um grupo com 500 das maiores multinacionais, 93 delas têm escritórios regionais na capital mexicana. A pesquisa também ressalta os esforços do México em abrir sua economia como ponto positivo para tornar a capital uma cidade atraente.
  • 5. Copa e Olimpíadas fazem a fama do Rio de Janeiro

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    São Paulo - A quarta melhor cidade da América Latina para se investir, segundo o estudo da Universidade de Rosario, é o Rio de Janeiro. Além de já ser uma cidade conhecida mundialmente como pólo turístico, a cidade entra cada vez mais no radar de grandes investidores pelos eventos que vai sediar nos próximos anos. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 motivaram o desenvolvimento da infraestrutura da cidade, contribuindo para sua boa colocação no ranking do estudo. O Rio chama a atenção por ter projetos imobiliários, logísticos e de infraestrutura "de grande envergadura" em desenvolvimento.
  • 6. Buenos Aires é mais relevante do que a própria Argentina

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    São Paulo - Buenos Aires é a quinta melhor cidade latinoamericana para se investir. A capital argentina, junto com São Paulo, Rio de Janeiro, Santiago e Cidade do México, figura entre as mais importantes da região no cenário global. De acordo com a pesquisa da Universidade de Rosario, a cidade tem mais relevância internacional que a própria Argentina como um todo. Segundo o estudo, Buenos Aires é a cidade da América Latina com maior presença de grandes multinacionais: 106 grandes empresas estrangeiras, de um grupo das 500 maiores do mundo, têm um escritório na cidade. O estudo também destaca a força da economia local, que tem um PIB de 179 bilhões de dólares.
  • 7. Cidade do Panamá cresce no cenário internacional

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    São Paulo - Em sexto lugar no ranking das melhores cidades da América Latina para se investir está a Cidade do Panamá. A capital do país começa a despontar no cenário internacional, "deixando aos pouco o âmbito latinoamericano", diz a pesquisa da Universidade de Rosario. A pesquisa diz que a cidade já conta com um mercado financeiro que pode ser considerado sofisticado. Por isto, Cidade do Panamá se sobressai no ranking por sua capacidade de alavancagem financeira em projetos produtivos.
  • 8. Lima lidera projeções de crescimento em 2011

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    São Paulo - Lima é líder regional em projeções de crescimento econômico para 2011, segundo o estudo da Universidade de Rosario. A pesquisa mostra que o PIB da capital peruana aumente 9% neste ano, na comparação com 2010. Por esta razão ela é a sétima melhor cidade da América Latina para se investir. Embora a cidade não esteja no grupo de elite quando o assunto é projeção internacional, a pesquisa aponta Lima como um dos destaques regionais. Se o atual ritmo de crescimento for mantido, nos próximos anos, a capital deve transcender esta barreira e ganhar relevância no cenário global.
  • 9. Monterrey é cidade de cultura empresarial pujante

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    São Paulo - A cidade mexicana de Monterrey se destaca pelo alto poder aquisitivo de seus habitantes, bem como pela "pujante cultura empresarial", diz o estudo da Universidade de Rosario. Ela tem o oitavo melhor clima para atrair investimentos na América Latina. Ela também faz parte do grupo de cidades que desponta na América Latina, com promessa de se tornar relevante no cenário global nos próximos anos.
  • 10. Bogotá está na agenda cultural e econômica das Américas

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    São Paulo - Bogotá é uma cidade cada vez mais no radar de investidores latinoamericanos, e promete ultrapassar as barreiras regionais em pouco tempo. A capital colombiana, segundo o estudo produzido pela Universidade de Rosario, tem presença frequente nas agendas culturais e de eventos econômicos, políticos e sociais. A cidade também tem uma importante concentração de multinacionais em seu território. De um grupo com as 500 maiores empresas do mundo, 53 têm escritório em Bogotá, o que aumenta sua relevância no cenário internacional.
  • 11. Brasília tem população de maior renda na América Latina

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    Sã0 Paulo - O estudo da Universidade de Rosario aponta Brasília como a cidade com a população de maior poder aquisitivo em toda a América Latina. A renda média por habitante é de aproximadamente 17 mil dólares anuais, bem próxima da média de países como a Coreia do Sul (23 mil dólares por ano). Além da população com renda elevada, Brasília oferece aos interessados em investir nela uma "ampla oferta de serviços e recursos para alavancar projetos de investimento", diz o estudo.
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