Alemanha exige que refugiados respeitem sua cultura e leis
Por leis e valores alemães, significa "que digam o verdadeiro nome e país de origem, não lutar, respeitar os outros, independentemente da religião ou sexo"
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2015 às 09h04.
O ministro do Interior alemão , Thomas de Maiziere, exigiu hoje (1º) aos refugiados que respeitem a cultura e as leis do país que os recebe, depois dos primeiros tumultos em centros de acolhimento.
Aceitar as leis e os valores alemães significa "que digam o verdadeiro nome e país de origem aos funcionários, não lutar, ter paciência e respeitar os outros, independentemente da religião ou sexo", destacou o ministro numa intervenção no Parlamento (Bundestag), em Berlim.
De Maiziere ressaltou também o direito de todos os requerentes de asilo de serem tratados "em paz, com respeito e dignidade".
O ministro garantiu que vai atuar "com toda a força do Estado de Direito" contra "os disparates ultradireitistas" e perante o forte aumento dos delitos contra estrangeiros, que já chegaram - disse - a tentativas de homicídio.
O ministro do governo de Angela Merkel apresentava no Bundestag as reformas legais para acelerar os processos, facilitar a integração dos refugiados, acelerar a deportação de quem não for aceito e aumentar o financiamento dos estados federados e dos municípios.
Dados do Ministério do Interior do estado da Baviera (Sul), principal acesso para os refugiados na Alemanha, mostram que só no mês passado o país recebeu entre 270 e 280 mil requerentes de asilo, mais do que em todo o ano passado.
De acordo com as previsões para este ano, o número total deverá ficar entre os 800 mil e 1 milhão de refugiados. "Muitos vão ficar" e "não devem ser apenas tolerados, mas totalmente aceitos" porque vão ser cidadãos, afirmou o ministro.
De Maiziere defendeu uma integração "em duas direções" e a importância de abrir rapidamente as portas do mercado de trabalho a quem tiver possibilidades reais de conseguir ficar na Alemanha e fomentar a aprendizagem da língua.
O ministro advertiu aos requerentes de asilo que respeitem as decisões das autoridades: "o asilo na Alemanha não significa a escolha livre do domicílio".
Thomas de Maiziere reconheceu que alguns dos centros provisórios de acolhimento não são adequados e estão sobrelotados, mas pediu que não fossem feitas "exigências demasiadamente elevadas".
"Todos fazem um esforço enorme e de momento é tudo o que se pode fazer", declarou.
O ministro fazia alusão aos problemas registados na quarta-feira, em Hamburgo (Norte), para onde 500 agentes da polícia foram chamados para intervir num centro de acolhimento, na sequência de tumultos entre dois grupos de sírios e afegãos, num total de cerca de 200 pessoas.
Várias pessoas ficaram feridas, mas até ao momento desconhece-se um número exato.
Aparentemente, os incidentes foram causados por divergências sobre a utilização dos chuveiros e, de acordo com o diário Hamburguer Morgenpost, os dois grupos agrediram-se com barras de ferro e pedras.
Na terça-feira (29), uma rixa entre sírios e paquistaneses deixou dois feridos em Dresden (Leste). No domingo, 14 pessoas, incluindo três polícias, ficaram feridas num centro perto de Cassel (centro), depois de confrontos entre 70 paquistaneses e 300 albaneses.
O ministro do Interior alemão , Thomas de Maiziere, exigiu hoje (1º) aos refugiados que respeitem a cultura e as leis do país que os recebe, depois dos primeiros tumultos em centros de acolhimento.
Aceitar as leis e os valores alemães significa "que digam o verdadeiro nome e país de origem aos funcionários, não lutar, ter paciência e respeitar os outros, independentemente da religião ou sexo", destacou o ministro numa intervenção no Parlamento (Bundestag), em Berlim.
De Maiziere ressaltou também o direito de todos os requerentes de asilo de serem tratados "em paz, com respeito e dignidade".
O ministro garantiu que vai atuar "com toda a força do Estado de Direito" contra "os disparates ultradireitistas" e perante o forte aumento dos delitos contra estrangeiros, que já chegaram - disse - a tentativas de homicídio.
O ministro do governo de Angela Merkel apresentava no Bundestag as reformas legais para acelerar os processos, facilitar a integração dos refugiados, acelerar a deportação de quem não for aceito e aumentar o financiamento dos estados federados e dos municípios.
Dados do Ministério do Interior do estado da Baviera (Sul), principal acesso para os refugiados na Alemanha, mostram que só no mês passado o país recebeu entre 270 e 280 mil requerentes de asilo, mais do que em todo o ano passado.
De acordo com as previsões para este ano, o número total deverá ficar entre os 800 mil e 1 milhão de refugiados. "Muitos vão ficar" e "não devem ser apenas tolerados, mas totalmente aceitos" porque vão ser cidadãos, afirmou o ministro.
De Maiziere defendeu uma integração "em duas direções" e a importância de abrir rapidamente as portas do mercado de trabalho a quem tiver possibilidades reais de conseguir ficar na Alemanha e fomentar a aprendizagem da língua.
O ministro advertiu aos requerentes de asilo que respeitem as decisões das autoridades: "o asilo na Alemanha não significa a escolha livre do domicílio".
Thomas de Maiziere reconheceu que alguns dos centros provisórios de acolhimento não são adequados e estão sobrelotados, mas pediu que não fossem feitas "exigências demasiadamente elevadas".
"Todos fazem um esforço enorme e de momento é tudo o que se pode fazer", declarou.
O ministro fazia alusão aos problemas registados na quarta-feira, em Hamburgo (Norte), para onde 500 agentes da polícia foram chamados para intervir num centro de acolhimento, na sequência de tumultos entre dois grupos de sírios e afegãos, num total de cerca de 200 pessoas.
Várias pessoas ficaram feridas, mas até ao momento desconhece-se um número exato.
Aparentemente, os incidentes foram causados por divergências sobre a utilização dos chuveiros e, de acordo com o diário Hamburguer Morgenpost, os dois grupos agrediram-se com barras de ferro e pedras.
Na terça-feira (29), uma rixa entre sírios e paquistaneses deixou dois feridos em Dresden (Leste). No domingo, 14 pessoas, incluindo três polícias, ficaram feridas num centro perto de Cassel (centro), depois de confrontos entre 70 paquistaneses e 300 albaneses.