Mundo

Al Qaeda iraquiana faz fusão com facção rebelde síria

Célula iraquiana do grupo terrorista se uniu ao grupo islâmico al-Nusra na luta contra o regime do presidente Bashar al-Assad

Combatente do grupo rebelde islâmico sírio al-Nusra segura bandeira na província de Ragga, a leste da Síria (Hamid Khatib/Reuters)

Combatente do grupo rebelde islâmico sírio al-Nusra segura bandeira na província de Ragga, a leste da Síria (Hamid Khatib/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2013 às 11h11.

Dubai - A Al Qaeda iraquiana se uniu a um grupo islâmico da Síria que luta contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, tornando mais complicado o dilema para as nações que apoiam a revolta síria, mas temem a ascensão da militância islâmica.

O líder do autointitulado Estado Islâmico do Iraque, Abu Bakr al-Baghdadi, disse que seu grupo financiou células de combatentes da Frente al-Nusra desde os primeiros dias da rebelião síria, iniciada há dois anos.

Em nota divulgada em sites islâmicos e vista pela Reuters nesta terça-feira, ele declarou que os dois grupos passariam a operar conjuntamente sob o nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

"Agora é hora de declarar diante do povo do Levante e do mundo que a Frente al-Nusra não é senão uma extensão do Estado Islâmico do Iraque, e parte dele", disse Baghdadi.

Muitos governos ocidentais e árabes torcem pela derrubada de Assad, mas estão alarmados com o crescente poderio dos jihadistas sunitas, cuja ideologia ferozmente antixiita tem alimentado tensões sectárias no Oriente Médio.

A Frente al-Nusra é considerada pelos EUA como uma organização terrorista.

A declaração de Baghdadi, inicialmente noticiada pelo serviço norte-americano de monitoramento Site, não pôde ser imediatamente verificada.

Ele disse que seu grupo mobilizou combatentes experientes e enviou verbas para células locais da Frente al-Nusra, como forma de preparar o terreno para uma rebelião armada -- que surgiu a partir de protestos pacíficos contra Assad, iniciados em março de 2011. O dirigente afirmou que o vínculo não havia sido informado até agora por razões de segurança.

A Frente al-Nusra não se manifestou sobre a fusão.

Esse grupo se tornou conhecido no ano passado, quando assumiu a autoria de vários atentados a bomba em Damasco e Aleppo, as duas principais cidades da Síria.

Desde então, o grupo ampliou suas operações para toda a Síria, recrutando mais combatentes e assumindo um papel importante na captura de territórios no norte, sul e leste do país.

Especialistas há meses já diziam que a Frente al-Nusra estava recebendo apoio de insurgentes ligados à Al Qaeda no vizinho Iraque.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaGuerrasIslamismoSíriaTerrorismoTerroristas

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame