Al Qaeda divulga gravação póstuma de Bin Laden em áudio
O áudio foi incluído em um vídeo de mais de 12 minutos de duração publicado em sites islâmicos na Internet. Terrorista elogia revoluções em países árabes
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2011 às 13h29.
Cairo - A Al Qaeda divulgou uma gravação póstuma em áudio de Osama bin Laden, na qual ele elogia as revoluções que varrem diversos países árabes e pede que mais "tiranos" sejam derrubados.
Os islâmicos têm chamado a atenção por sua ausência dos levantes no Oriente Médio e no norte da África, liderados em grande medida por cidadãos comuns revoltados com governos autocráticos, corrupção e economias mal conduzidas.
A Al Qaeda e outros grupos militantes desencadearam campanhas sangrentas mas malsucedidas para depor os mesmos governantes, e ao elogiar as revoltas Bin Laden, que foi morto em um ataque dos EUA no Paquistão no dia 2 de maio, parecia tentar tornar os islâmicos novamente relevantes.
A Al Qaeda disse que Bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, gravou uma mensagem uma semana antes de sua morte. O áudio foi incluído em um vídeo de mais de 12 minutos de duração publicado em sites islâmicos na Internet.
"O sol da revolução nasceu no Magreb. A luz da revolução veio da Tunísia. Trouxe tranquilidade à nação e alegria ao semblante das pessoas", diz o orador, que soa como Bin Laden.
"À nação muçulmana - estamos observando com você este grande evento histórico e compartilhamos com você a felicidade e a alegria. Parabéns por suas vitórias e que Deus conceda perdão a seus mártires, recuperação a seus feridos e liberdade a seus prisioneiros."
O presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, foi deposto por protestos em massa em janeiro, seguido por Hosni Mubarak, no Egito.
Bin Laden elogiou a revolução egípcia e exortou os manifestantes árabes a manter o ímpeto, acrescentando: "Acredito que os ventos da mudança irão envolver todo o mundo muçulmano."
"Esta revolução não foi por comida e roupas. Ao invés disso, foi uma revolução por glória e orgulho, uma revolução de sacrifício e doação. Ela inflamou as cidades e vilarejos do Nilo de alto a baixo", disse ele.
"Aos rebeldes livres de todos os países - mantenham a iniciativa e sejam cuidadosos no diálogo. Nada de conciliação entre as pessoas da verdade e as do desvio."
Bin Laden não fez referências específicas a Líbia, Síria, Barein e Iêmen, onde protestos pró-democracia tiveram menos sucesso do que no Egito e na Tunísia, mas disse que Israel, rejeitado por muitos árabes comuns, está preocupado com os tumultos.
Bin Laden pediu que os jovens árabes consultem "os dotados de experiência e honestidade" e que organizem uma estrutura que lhes permita "acompanhar os acontecimentos e trabalhos em paralelo... para salvar as pessoas que lutam para derrubar seus tiranos".
Mas ele não mencionou ou apoiou governos democráticos, uma exigência fundamental dos manifestantes no Egito, na Tunísia e no Barein em particular. Figuras proeminentes da Al Qaeda geralmente destilam desprezo por democracias de molde ocidental, que vêem como contraditória com os valores islâmicos.
Cairo - A Al Qaeda divulgou uma gravação póstuma em áudio de Osama bin Laden, na qual ele elogia as revoluções que varrem diversos países árabes e pede que mais "tiranos" sejam derrubados.
Os islâmicos têm chamado a atenção por sua ausência dos levantes no Oriente Médio e no norte da África, liderados em grande medida por cidadãos comuns revoltados com governos autocráticos, corrupção e economias mal conduzidas.
A Al Qaeda e outros grupos militantes desencadearam campanhas sangrentas mas malsucedidas para depor os mesmos governantes, e ao elogiar as revoltas Bin Laden, que foi morto em um ataque dos EUA no Paquistão no dia 2 de maio, parecia tentar tornar os islâmicos novamente relevantes.
A Al Qaeda disse que Bin Laden, mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, gravou uma mensagem uma semana antes de sua morte. O áudio foi incluído em um vídeo de mais de 12 minutos de duração publicado em sites islâmicos na Internet.
"O sol da revolução nasceu no Magreb. A luz da revolução veio da Tunísia. Trouxe tranquilidade à nação e alegria ao semblante das pessoas", diz o orador, que soa como Bin Laden.
"À nação muçulmana - estamos observando com você este grande evento histórico e compartilhamos com você a felicidade e a alegria. Parabéns por suas vitórias e que Deus conceda perdão a seus mártires, recuperação a seus feridos e liberdade a seus prisioneiros."
O presidente da Tunísia, Zine al-Abidine Ben Ali, foi deposto por protestos em massa em janeiro, seguido por Hosni Mubarak, no Egito.
Bin Laden elogiou a revolução egípcia e exortou os manifestantes árabes a manter o ímpeto, acrescentando: "Acredito que os ventos da mudança irão envolver todo o mundo muçulmano."
"Esta revolução não foi por comida e roupas. Ao invés disso, foi uma revolução por glória e orgulho, uma revolução de sacrifício e doação. Ela inflamou as cidades e vilarejos do Nilo de alto a baixo", disse ele.
"Aos rebeldes livres de todos os países - mantenham a iniciativa e sejam cuidadosos no diálogo. Nada de conciliação entre as pessoas da verdade e as do desvio."
Bin Laden não fez referências específicas a Líbia, Síria, Barein e Iêmen, onde protestos pró-democracia tiveram menos sucesso do que no Egito e na Tunísia, mas disse que Israel, rejeitado por muitos árabes comuns, está preocupado com os tumultos.
Bin Laden pediu que os jovens árabes consultem "os dotados de experiência e honestidade" e que organizem uma estrutura que lhes permita "acompanhar os acontecimentos e trabalhos em paralelo... para salvar as pessoas que lutam para derrubar seus tiranos".
Mas ele não mencionou ou apoiou governos democráticos, uma exigência fundamental dos manifestantes no Egito, na Tunísia e no Barein em particular. Figuras proeminentes da Al Qaeda geralmente destilam desprezo por democracias de molde ocidental, que vêem como contraditória com os valores islâmicos.