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Agente nervoso que intoxicou os Skripal era líquido, diz Reino Unido

Segundo o ministro inglês, o agente neurotóxico utilizado para envenenar Skripal e sua filha era um líquido de fabricação militar

Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha foram envenenados em março na Inglaterra (Toby Melville/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de abril de 2018 às 09h39.

Londres - O agente nervoso que intoxicou o ex-espião Serguei Skripal e sua filha Iulia em 4 de março em Salisbury, sul da Inglaterra , tinha "forma líquida", informou nesta terça-feira o Ministério britânico de Meio Ambiente (Defra, siglas em inglês).

Segundo esse departamento, a maior concentração do agente nervoso, do tipo Novichok, foi encontrada na casa de Skripal em Salisbury, ainda que tenha sido utilizada uma "quantidade muito pequena".

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Além disso, as autoridades britânicas realizarão uma limpeza profunda em nove lugares de Salisbury e advertiram aos residentes que haverá uma grande atividade de pessoas uniformizadas que farão este trabalho.

Os Skripal foram achados inconscientes em 4 de março após terem sido intoxicados com um agente nervoso do tipo Novichok, de fabricação militar, segundo as autoridades britânicas, que culparam a Rússia deste ataque.

Na semana passada, o hospital Salisbury District confirmou que Yulia Skripal recebeu alta, sem especificar seu paradeiro, mas a imprensa indicou que está em um lugar seguro.

O pai, no entanto, ainda permanece hospitalizado no centro médico da cidade onde ocorreram os fatos, ainda que seu estado tenha melhorado, segundo os médicos.

A filha do ex-espião russo indicou na semana passada que, apesar de ter recebido um oferecimento neste sentido, não deseja falar com funcionários consulares russos.

Após o incidente em Salisbury, o Reino Unido sustentou que a Rússia era "muito provavelmente" responsável do envenenamento, uma vez que foi identificada a substância utilizada como um agente nervoso.

O Governo da primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, decidiu expulsar no mês passado 23 diplomatas russos, enquanto Moscou fez o mesmo como resposta.

Pouco depois, 14 países da União Europeia (UE), bem como os Estados Unidos, Canadá e Ucrânia, também decidiram expulsar diplomatas russos em solidariedade com ao Reino Unido.

 

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