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Agente do Metrô de Washington é detido por tentar apoiar EI

Young, que foi detido na sede da Polícia Metropolitana da capital americana, transformou-se no primeiro agente do país a ser acusado de tentar ajudar o EI

Washington: o policial deve comparecer hoje perante um tribunal do Distrito leste da Virgínia (Nicholas Kamm/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 14h57.

Washington - Um agente do Departamento de Polícia de Passagem do Metrô de Washington (MTPD) foi detido nesta quarta-feira sob a acusação de tentar dar "apoio material" ao grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ).

Segundo informou o Departamento de Justiça dos EUA em comunicado, o policial se chama Nicholas Young, tem 36 anos e é oriundo de Fairfax (Virgínia), cerca de 25 quilômetros de Washington.

Young, que foi detido na sede da Polícia Metropolitana da capital americana, transformou-se no primeiro agente do país americano a ser acusado de tentar ajudar o EI, de acordo com as autoridades.

No entanto, o agente nunca foi uma ameaça crível para o metrô de Washington, o mais movimentado dos EUA depois do de Nova York, garantiu o porta-voz do Escritório do promotor do Distrito leste da Virgínia, Joshua Stueve, à rede "NBC" News.

O policial deve comparecer hoje perante um tribunal do Distrito leste da Virgínia.

Segundo o depoimento da acusação, Young trabalha como agente do MTPD desde 2003 e foi vigiado pelo FBI desde 2010, interagindo com agentes de confiança e policiais à paisana.

Em 2011, o acusado manteve várias reuniões com agentes encobertos e alguns conhecidos, como Amine el Khalifi, que mais tarde se declarou culpado de planejar um ataque suicida contra o Congresso dos EUA em 2012.

Também em 2011, o acusado viajou à Líbia, onde se uniu aos rebeldes que tentavam derrubar o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, e para onde se deslocou com objetos de caráter militar.

O confidente do FBI fez Young acreditar em 2014 que conseguiria deixar os Estados Unidos para se integrar às fileiras do Estado Islâmico.

Em um e-mail enviado ao confidente em junho de 2015, o policial pediu conselho para poder mandar dinheiro aos dirigentes do EI.

"Infelizmente -escreveu no e-mail-, meu nome tem tantas marcas que nem sequer posso comprar uma passagem de avião sem que soem os alarmes. Portanto, imagino que as transações bancárias são supervisionadas automaticamente e chamarão a atenção dependendo do que ocorra".

Em julho, Young comprou 22 cartões telefônicos por um valor de US$ 245 com crédito para enviar mensagens desde contas que o EI supostamente utiliza para recrutar terroristas.

O policial enviou os códigos dos cartões a um agente à paisana do FBI que se passou pelo confidente, segundo o depoimento.

Se for condenado pelas acusações, Young poderia ter uma pena máxima de 20 anos de prisão.

Após a divulgação da detenção, o diretor-geral do Metrô de Washington, Paul J. Wiedefeld, afirmou em comunicado que "as alegações neste caso são profundamente alarmantes".

"São alarmantes para mim e são alarmantes para qualquer um que vista o uniforme", acrescentou Wiedefeld, ao precisar que o contrato de trabalho do agente foi cancelado após a detenção. EFE

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Washington - Um agente do Departamento de Polícia de Passagem do Metrô de Washington (MTPD) foi detido nesta quarta-feira sob a acusação de tentar dar "apoio material" ao grupo jihadista Estado Islâmico ( EI ).

Segundo informou o Departamento de Justiça dos EUA em comunicado, o policial se chama Nicholas Young, tem 36 anos e é oriundo de Fairfax (Virgínia), cerca de 25 quilômetros de Washington.

Young, que foi detido na sede da Polícia Metropolitana da capital americana, transformou-se no primeiro agente do país americano a ser acusado de tentar ajudar o EI, de acordo com as autoridades.

No entanto, o agente nunca foi uma ameaça crível para o metrô de Washington, o mais movimentado dos EUA depois do de Nova York, garantiu o porta-voz do Escritório do promotor do Distrito leste da Virgínia, Joshua Stueve, à rede "NBC" News.

O policial deve comparecer hoje perante um tribunal do Distrito leste da Virgínia.

Segundo o depoimento da acusação, Young trabalha como agente do MTPD desde 2003 e foi vigiado pelo FBI desde 2010, interagindo com agentes de confiança e policiais à paisana.

Em 2011, o acusado manteve várias reuniões com agentes encobertos e alguns conhecidos, como Amine el Khalifi, que mais tarde se declarou culpado de planejar um ataque suicida contra o Congresso dos EUA em 2012.

Também em 2011, o acusado viajou à Líbia, onde se uniu aos rebeldes que tentavam derrubar o regime do líder líbio, Muammar Kadafi, e para onde se deslocou com objetos de caráter militar.

O confidente do FBI fez Young acreditar em 2014 que conseguiria deixar os Estados Unidos para se integrar às fileiras do Estado Islâmico.

Em um e-mail enviado ao confidente em junho de 2015, o policial pediu conselho para poder mandar dinheiro aos dirigentes do EI.

"Infelizmente -escreveu no e-mail-, meu nome tem tantas marcas que nem sequer posso comprar uma passagem de avião sem que soem os alarmes. Portanto, imagino que as transações bancárias são supervisionadas automaticamente e chamarão a atenção dependendo do que ocorra".

Em julho, Young comprou 22 cartões telefônicos por um valor de US$ 245 com crédito para enviar mensagens desde contas que o EI supostamente utiliza para recrutar terroristas.

O policial enviou os códigos dos cartões a um agente à paisana do FBI que se passou pelo confidente, segundo o depoimento.

Se for condenado pelas acusações, Young poderia ter uma pena máxima de 20 anos de prisão.

Após a divulgação da detenção, o diretor-geral do Metrô de Washington, Paul J. Wiedefeld, afirmou em comunicado que "as alegações neste caso são profundamente alarmantes".

"São alarmantes para mim e são alarmantes para qualquer um que vista o uniforme", acrescentou Wiedefeld, ao precisar que o contrato de trabalho do agente foi cancelado após a detenção. EFE

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