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África Ocidental se mobiliza contra propagação do ebola

Vários países da África Ocidental se mobilizaram contra uma epidemia de febre hemorrágica, provocada, em parte, pelo vírus ebola

Equipe da ONG Médicos sem Fronteiras remove o corpo de uma vítima de febre hemorrágica, na Guiné: ebola já deixou mais de 80 mortos no país (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 13h31.

Bamako - Vários países da África Ocidental se mobilizaram nesta sexta-feira contra uma epidemia de febre hemorrágica, provocada, em parte, pelo vírus ebola, que deixou mais de 80 mortos na Guiné , um dia após o anúncio dos primeiros casos suspeitos no Mali .

As autoridades do Mali, fronteiriço com a Guiné, anunciaram na quinta-feira a detecção de três casos suspeitos em seu território, que foram colocados em quarentena. Antes, Libéria e Serra Leoa haviam anunciado outros casos suspeitos.

Amostras de sangue das três pessoas suspeitas "foram enviadas para serem analisadas no laboratório de referência do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) de Atlanta, nos Estados Unidos", anunciou o governo malinês.

"Na manhã desta sexta-feira, as três pessoas estão melhor. Por exemplo, não constatamos (...) sangramentos", um dos sintomas da febre do ebola, afirmou à AFP o ministro malinês da Saúde e da Higiene Pública, Usman Koné.

De acordo com o doutor Umar Sangaré, da Direção Nacional de Saúde, estas três pessoas são provenientes do Mali. "Trabalham em uma zona fronteiriça entre o Mali e a Guiné" e foram detectadas separadamente ao chegar ao território malinês, por via terrestre, em Bamaco ou na entrada" de Bamaco, especificou.

As autoridades malinesas desaconselharam "as viagens não necessárias às zonas epidêmicas".

O país mais afetado por este surto viral é a Guiné, onde é registrada uma epidemia de febre hemorrágica viral que matou 86 pessoas dos 137 casos registrados desde janeiro, em particular nos distritos do sul, segundo o último balanço oficial do governo da Guiné.

Foi constatado que 45 destes casos de fato contraíram o ebola, um vírus contra o qual não há vacina ou tratamento e que é altamente contagioso e letal.


Mas foi registrada a cura, confirmada por análises, de duas pessoas afetadas pelo ebola em Conakry que estavam em quarentena, indicou o governo da Guiné na noite de quinta-feira.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), muito ativa na Guiné, fala, no entanto, de uma "epidemia sem precedentes".

Carne de caça silvestre

Vários casos suspeitos, alguns deles fatais, foram diagnosticados nos últimos dias na Libéria e em Serra Leoa, todos vinculados a uma contaminação originada na vizinha Guiné. As análises deram positivo ao vírus do ebola em dois casos na Libéria e negativo nos casos em Serra Leoa.

Mas na quinta-feira o ministério liberiano da Saúde anunciou a descoberta de um novo caso suspeito em uma zona florestal próxima a Tapeta, na região de Nimba (leste), que, ao contrário dos precedentes, não está relacionado à Guiné.

Segundo o chefe do serviço médico da Libéria, Bernice Dahn, trata-se de um caçador que "não esteve em contato com nenhuma pessoa suspeita de ser portadora do vírus" do ebola e que nunca foi à Guiné.

Amostras de sangue deste caçador foram enviadas à Guiné para serem analisadas e, "à espera dos resultados, pedimos que a população permaneça afastada da carne de caça silvestre em todo o país", alertou Dahn.

O vírus é transmitido por contato direto com o sangue e outros fluidos naturais, ou com tecidos de indivíduos infectados, tanto humanos quanto animais, vivos ou mortos.

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As autoridades do Mali, fronteiriço com a Guiné, anunciaram na quinta-feira a detecção de três casos suspeitos em seu território, que foram colocados em quarentena. Antes, Libéria e Serra Leoa haviam anunciado outros casos suspeitos.

Amostras de sangue das três pessoas suspeitas "foram enviadas para serem analisadas no laboratório de referência do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) de Atlanta, nos Estados Unidos", anunciou o governo malinês.

"Na manhã desta sexta-feira, as três pessoas estão melhor. Por exemplo, não constatamos (...) sangramentos", um dos sintomas da febre do ebola, afirmou à AFP o ministro malinês da Saúde e da Higiene Pública, Usman Koné.

De acordo com o doutor Umar Sangaré, da Direção Nacional de Saúde, estas três pessoas são provenientes do Mali. "Trabalham em uma zona fronteiriça entre o Mali e a Guiné" e foram detectadas separadamente ao chegar ao território malinês, por via terrestre, em Bamaco ou na entrada" de Bamaco, especificou.

As autoridades malinesas desaconselharam "as viagens não necessárias às zonas epidêmicas".

O país mais afetado por este surto viral é a Guiné, onde é registrada uma epidemia de febre hemorrágica viral que matou 86 pessoas dos 137 casos registrados desde janeiro, em particular nos distritos do sul, segundo o último balanço oficial do governo da Guiné.

Foi constatado que 45 destes casos de fato contraíram o ebola, um vírus contra o qual não há vacina ou tratamento e que é altamente contagioso e letal.


Mas foi registrada a cura, confirmada por análises, de duas pessoas afetadas pelo ebola em Conakry que estavam em quarentena, indicou o governo da Guiné na noite de quinta-feira.

A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), muito ativa na Guiné, fala, no entanto, de uma "epidemia sem precedentes".

Carne de caça silvestre

Vários casos suspeitos, alguns deles fatais, foram diagnosticados nos últimos dias na Libéria e em Serra Leoa, todos vinculados a uma contaminação originada na vizinha Guiné. As análises deram positivo ao vírus do ebola em dois casos na Libéria e negativo nos casos em Serra Leoa.

Mas na quinta-feira o ministério liberiano da Saúde anunciou a descoberta de um novo caso suspeito em uma zona florestal próxima a Tapeta, na região de Nimba (leste), que, ao contrário dos precedentes, não está relacionado à Guiné.

Segundo o chefe do serviço médico da Libéria, Bernice Dahn, trata-se de um caçador que "não esteve em contato com nenhuma pessoa suspeita de ser portadora do vírus" do ebola e que nunca foi à Guiné.

Amostras de sangue deste caçador foram enviadas à Guiné para serem analisadas e, "à espera dos resultados, pedimos que a população permaneça afastada da carne de caça silvestre em todo o país", alertou Dahn.

O vírus é transmitido por contato direto com o sangue e outros fluidos naturais, ou com tecidos de indivíduos infectados, tanto humanos quanto animais, vivos ou mortos.

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