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Advogado diz que Trump "provavelmente" poderia indultar a si mesmo

Embora ainda não tenha sido acusado, especula-se na Casa Branca sobre as investigações contra Trump em suas relações com a Rússia

Donald Trump (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 3 de junho de 2018 às 17h47.

Washington - Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse neste domingo que o líder "provavelmente" poderia indultar a si mesmo caso tenha uma acusação contra si.

"Isto é o que diz a Constituição. E se quiser mudá-la, muda-se. Mas, sim", disse o polêmico advogado em entrevista com a emissora "ABC".

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No entanto, Giuliani afirmou que Trump não tem "nenhuma intenção" de indultar a si mesmo.

"Acho que as consequências políticas disso seriam duras. Uma coisa é indultar outra pessoa, outra é indultar a si mesmo", explicou o advogado.

Em outra entrevista à "NBC", o ex-prefeito de Nova York disse que se Trump chegasse a usar o perdão presidencial para si mesmo, o Congresso abriria "imediatamente" um processo de cassação ou "impeachment".

"Seria impensável", afirmou.

Embora Trump não tenha sido acusado de nada, em Washington especula-se muito sobre as intenções do procurador que investiga a trama russa, Robert Mueller, caso sejam encontradas provas contra o presidente.

Mais precisamente, os rumores apontam que Mueller poderia atribuir um crime de obstrução à Justiça.

O procurador, de fato, quis interrogar Trump, mas até o momento os advogados do presidente o desaconselharam.

Trump questionou insistentemente o trabalho de Mueller, que há um ano que investiga a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais americanas de 2016 e os possíveis laços entre a campanha republicana e funcionários russos.

O presidente americano afirmou que a investigação é uma "caça às bruxas" e as especulações sobre a possível demissão de Mueller estiveram sempre presentes.

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