Advogado de Trump diminui importância sobre recebimento de dados da Rússia
O advogado do presidente Trump afirmou que não há nenhum crime em receber informações dos russos durante a campanha eleitoral
EFE
Publicado em 21 de abril de 2019 às 12h57.
Washington — O advogado Rudy Giuliani, que defende o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , diminuiu a importância de que membros da equipe do magnata para as eleições de 2016 tenham aceitado informações da Rússia, em entrevista divulgada pela emissora "CNN" neste domingo.
"Não há nada demais em receber informações dos russos. Não há nenhum crime", disse Giuliani.
Giuliani afirmou ao entrevistador da "CNN" que estava assumindo que "dar informação é uma contribuição à campanha" eleitoral.
Diante da questão sobre se ele aceitaria informação dos russos contra seu candidato rival se concorresse às eleições, o ex-prefeito de Nova York respondeu que "provavelmente não faria, mas não me perguntaram", indicou.
"Teria aconselhado, só por excesso de precaução, 'não faça'", disse.
O Departamento de Justiça publicou nesta semana uma versão censurada do relatório elaborado por Mueller sobre a investigação em torno dos supostos laços entre membros da equipe eleitoral de Trump e a Rússia, e a possível obstrução à justiça do líder.
O documento conclui que não há "provas suficientes para apoiar acusações criminais" relacionados com os "vários contatos entre indivíduos vinculados ao Governo russo" e a campanha de Trump, mas lança dúvidas sobre uma possível obstrução à Justiça.
"A investigação identificou vários vínculos entre o Governo russo e a campanha de Trump. Embora a investigação tenha estabelecido que o Governo russo percebeu que se beneficiaria de uma Presidência de Trump e trabalhou para assegurá-la (...) a investigação não estabelece que membros da campanha de Trump conspiraram ou se coordenaram com o Governo russo nas atividades de interferência nas eleições", diz o relatório.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, apontou após a publicação da versão censurada do texto que o documento não apresenta provas de que a Rússia se intrometeu nas eleições dos EUA em 2016.
"Como está publicado, o relatório de Mueller não contém nenhuma informação nova, toda esta informação de um modo ou outro já tinha sido publicada em diversos veículos de imprensa. Da mesma forma que antes, não apresenta nenhuma prova argumentada da suposta ingerência russa nas eleições ", afirmou Peskov.