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Adesão irregular caracteriza dia de protestos na Europa

Espanha e Portugal foram os únicos que convocaram greve geral para o dia de hoje

Segundo fontes oficiais espanholas, ao longo do dia ocorreram diversos incidentes, com 110 detidos e mais de 40 feridos, pelo menos 18 deles policiais (Dominique Faget/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 19h25.

Redação Internacional - Várias manifestações e uma adesão irregular das ações de protesto em vários países da Europa caracterizaram nesta quarta-feira a jornada contra os ajustes e as políticas de austeridade convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

Espanha e Portugal foram os únicos que convocaram greve geral para o dia de hoje, enquanto os demais países europeus preferiram a realização de interrupções parciais, conferências informativas sobre a situação de crise econômica e manifestações.

Na Espanha, a greve transcorreu com disparidade de opiniões sobre sua adesão, já que apesar de o governo afirmar que existiu uma situação de normalidade e uma incidência limitada, os sindicatos insistiram que foi um sucesso e teve um respaldo contundente.

Segundo fontes oficiais espanholas, ao longo do dia ocorreram diversos incidentes, com 110 detidos e mais de 40 feridos, pelo menos 18 deles policiais.

Em Portugal, a greve afetou de forma irregular os colégios e os serviços estatais e foi sentida com força no transporte público e pouco no comércio, segundo fontes sindicais e meios de comunicação.

Como é tradicional em Portugal, o governo não fez comentários nem divulgou dados sobre a incidência da greve, a terceira em um ano, convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP) contra a política de austeridade.

Na Grécia, as principais confederações sindicais do país, GSEE e ADEDY, assim como o sindicato de trabalhadores municipais (POE-OTA), convocaram uma greve de três horas contra as políticas de austeridade, como continuação à greve geral de 48 horas da semana passada, na qual a participação foi superior a 50%, segundo uma das centrais sindicais.


Em Atenas, pelo menos cinco mil pessoas, segundo a polícia, participaram de uma passeata contra as políticas de austeridade na qual desfraldaram bandeiras dos países mais afetados pelas políticas de cortes: Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Irlanda.

Na capital belga, Bruxelas, sede das instituições da União Europeia (UE), mais de mil pessoas, segundo a polícia local, se manifestaram na frente da sede da Comissão Europeia

O protesto, convocado pela CES e pelos sindicatos belgas sob o lema 'Pelo trabalho e pela solidariedade na Europa. Não à austeridade', começou com uma marcha em frente às representações perante a UE de Chipre, Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia e Alemanha, e culminou com uma concentração em pleno centro do bairro europeu.

Na Bélgica, os protestos foram notados com força em alguns setores, especialmente o ferroviário, onde a greve parcial convocada pelos sindicatos deixou sem serviço o sul do país e provocou fortes perturbações nas demais regiões.

Dezenas de milhares de trabalhadores saíram às ruas na Itália nas mais de cem manifestações que foram convocadas hoje pelo sindicato majoritário, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL).

À convocação se somaram também os estudantes em várias manifestações contra os cortes na educação, e em algumas cidades, como Roma, Milão e Turim, foram registrados confrontos com a polícia que deixaram vários feridos entre as forças da ordem.


Na capital francesa milhares de pessoas se reuniram na praça de Montparnasse para dirigir-se à École Militaire, perto da Torre Eiffel, na mais relevante das manifestações no país.

Ali se concentraram os líderes das maiores organizações sindicais, em uma jornada na qual foram convocados na França cerca de 200 protestos.

Cerca de duas centenas de pessoas se somaram hoje ao ato de solidariedade convocado pela Confederação Alemã de Sindicatos (DGB) no emblemático Portão de Brandeburgo em Berlim.

Membros da DGB, mas também de formações políticas da oposição social-democrata e da esquerda, se somaram ao protesto com um enorme cartaz no qual rejeitavam os cortes sociais na Europa.

No Reino Unido, dezenas de trabalhadores da companhia Crossrail, dedicada a operar trens, se manifestaram hoje perto da estação do metrô londrino de Tottenham Court Road para expressar sua solidariedade aos sindicatos europeus.

Também se registraram protestos similares em Manchester, Sheffield, Newcastle e Liverpool.

Na República da Irlanda, pouco mais de 50 pessoas se concentraram perante o Banco Central Irlandês, no centro de Dublin, para mostrar sua solidariedade à jornada de protestos.

Por sua parte, representantes de sindicatos poloneses se concentraram hoje às portas do Ministério do Trabalho em Varsóvia para exigir mais emprego e menos cortes, em termos parecidos a outras concentrações em cidades como Gdansk, Poznan, Wroclaw e Katowice.

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Redação Internacional - Várias manifestações e uma adesão irregular das ações de protesto em vários países da Europa caracterizaram nesta quarta-feira a jornada contra os ajustes e as políticas de austeridade convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

Espanha e Portugal foram os únicos que convocaram greve geral para o dia de hoje, enquanto os demais países europeus preferiram a realização de interrupções parciais, conferências informativas sobre a situação de crise econômica e manifestações.

Na Espanha, a greve transcorreu com disparidade de opiniões sobre sua adesão, já que apesar de o governo afirmar que existiu uma situação de normalidade e uma incidência limitada, os sindicatos insistiram que foi um sucesso e teve um respaldo contundente.

Segundo fontes oficiais espanholas, ao longo do dia ocorreram diversos incidentes, com 110 detidos e mais de 40 feridos, pelo menos 18 deles policiais.

Em Portugal, a greve afetou de forma irregular os colégios e os serviços estatais e foi sentida com força no transporte público e pouco no comércio, segundo fontes sindicais e meios de comunicação.

Como é tradicional em Portugal, o governo não fez comentários nem divulgou dados sobre a incidência da greve, a terceira em um ano, convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP) contra a política de austeridade.

Na Grécia, as principais confederações sindicais do país, GSEE e ADEDY, assim como o sindicato de trabalhadores municipais (POE-OTA), convocaram uma greve de três horas contra as políticas de austeridade, como continuação à greve geral de 48 horas da semana passada, na qual a participação foi superior a 50%, segundo uma das centrais sindicais.


Em Atenas, pelo menos cinco mil pessoas, segundo a polícia, participaram de uma passeata contra as políticas de austeridade na qual desfraldaram bandeiras dos países mais afetados pelas políticas de cortes: Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Irlanda.

Na capital belga, Bruxelas, sede das instituições da União Europeia (UE), mais de mil pessoas, segundo a polícia local, se manifestaram na frente da sede da Comissão Europeia

O protesto, convocado pela CES e pelos sindicatos belgas sob o lema 'Pelo trabalho e pela solidariedade na Europa. Não à austeridade', começou com uma marcha em frente às representações perante a UE de Chipre, Irlanda, Portugal, Espanha, Grécia e Alemanha, e culminou com uma concentração em pleno centro do bairro europeu.

Na Bélgica, os protestos foram notados com força em alguns setores, especialmente o ferroviário, onde a greve parcial convocada pelos sindicatos deixou sem serviço o sul do país e provocou fortes perturbações nas demais regiões.

Dezenas de milhares de trabalhadores saíram às ruas na Itália nas mais de cem manifestações que foram convocadas hoje pelo sindicato majoritário, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL).

À convocação se somaram também os estudantes em várias manifestações contra os cortes na educação, e em algumas cidades, como Roma, Milão e Turim, foram registrados confrontos com a polícia que deixaram vários feridos entre as forças da ordem.


Na capital francesa milhares de pessoas se reuniram na praça de Montparnasse para dirigir-se à École Militaire, perto da Torre Eiffel, na mais relevante das manifestações no país.

Ali se concentraram os líderes das maiores organizações sindicais, em uma jornada na qual foram convocados na França cerca de 200 protestos.

Cerca de duas centenas de pessoas se somaram hoje ao ato de solidariedade convocado pela Confederação Alemã de Sindicatos (DGB) no emblemático Portão de Brandeburgo em Berlim.

Membros da DGB, mas também de formações políticas da oposição social-democrata e da esquerda, se somaram ao protesto com um enorme cartaz no qual rejeitavam os cortes sociais na Europa.

No Reino Unido, dezenas de trabalhadores da companhia Crossrail, dedicada a operar trens, se manifestaram hoje perto da estação do metrô londrino de Tottenham Court Road para expressar sua solidariedade aos sindicatos europeus.

Também se registraram protestos similares em Manchester, Sheffield, Newcastle e Liverpool.

Na República da Irlanda, pouco mais de 50 pessoas se concentraram perante o Banco Central Irlandês, no centro de Dublin, para mostrar sua solidariedade à jornada de protestos.

Por sua parte, representantes de sindicatos poloneses se concentraram hoje às portas do Ministério do Trabalho em Varsóvia para exigir mais emprego e menos cortes, em termos parecidos a outras concentrações em cidades como Gdansk, Poznan, Wroclaw e Katowice.

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