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Acordo do Brexit é o melhor possível, diz Comissão Europeia

O porta-voz da Comissão Europeia afirmou que o acordo não está aberto a negociações, mas que o bloco está disposto a conversar com Boris Johnson

Brexit: o primeiro-ministro britânico insiste que o Reino Unido sairá da UE no dia 31 de outubro com ou sem acordo (Henry Nicholls/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 12h18.

Bruxelas — O acordo fechado para a separação do Reino Unido da União Europeia é "o melhor possível" e não está aberto a negociações, mas a Comissão Europeia está disposta a conversar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse uma porta-voz do Executivo do bloco nesta segunda-feira.

A Comissão Europeia reagiu a um artigo de opinião do ministro britânico do Brexit , Stephen Barclay, que disse que o negociador-chefe da UE para o Brexit, Michel Barnier, precisa procurar os líderes do bloco para mudar os termos das conversas porque o Parlamento britânico não aceitará o acordo atual.

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"Até agora ele... continua inalterado — esta posição de que o acordo de retirada não está aberto a negociação, mas estamos abertos a conversar sobre a declaração política", disse Mina Andreeva em um boletim à imprensa em Bruxelas.

"E é claro que estamos dispostos a conversar e nos engajar com o primeiro-ministro", acrescentou.

No texto publicado no jornal Mail on Sunday, Barclay disse que as "realidades políticas" mudaram desde que as instruções de Barnier foram estabelecidas na esteira da votação britânica que decidiu a desfiliação da UE, mais de três anos atrás, e que seu mandato deveria refletir estas diferenças.

Johnson insiste que o Reino Unido sairá da UE no dia 31 de outubro com ou sem acordo, e disse ao bloco que não faz sentido voltar a conversar a menos que os negociadores estejam dispostos a descartar o chamado backstop da Irlanda do Norte combinado com sua antecessora, Theresa May.

Mas Barnier disse que a UE não renegociará o pacto de saída, ou Acordo de Retirada — o que inclui o backstop, uma apólice de seguro para evitar a volta de uma fronteira dura entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Irlanda, filiada à UE.

"Não queremos apontar culpados, esse não é nosso negócio. Nosso negócio é nos prepararmos para a falta de acordo", afirmou Mina, dizendo que, se o Reino Unido sair sem um acordo, isso causará "transtornos significativos" aos cidadãos e às empresas e terá um "impacto econômico sério".

"Os dois lados negociaram com as melhores das intenções e com os melhores dos esforços. O resultado na mesa é o melhor acordo possível, e não acho que exista nenhuma falha ou culpa a ser procurada nisto".

"Nós simplesmente esperamos que o Reino Unido esteja à altura de seu comprometimento para evitar uma fronteira dura e ao mesmo tempo proteger o lugar da Irlanda no mercado interno".

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