Acordo da COP21 é concluído e será apresentado hoje
O projeto de acordo contra o aquecimento global foi concluído na madrugada deste sábado em Paris e será apresentado na manhã de hoje
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 07h02.
O projeto de acordo contra o aquecimento global foi concluído na madrugada deste sábado em Paris e será apresentado às 11h30 locais (8h30 de Brasília) na Cúpula do Clima (COP21), informaram fontes da reunião ao canal de televisão "BFM".
O texto será entregue aos delegados dos 195 países que participam da conferência da ONU pelo presidente da reunião e ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que teve que adiar para este sábado a apresentação do acordo, que estava prevista para a sexta-feira, devido às divergências existentes.
Fabius fechou a reunião de sexta-feira anunciando a realização de encontros bilaterais com todas as partes ao longo do dia e a apresentação de um acordo no sábado, às 9h locais (6h de Brasília), que as partes poderão analisar durante várias horas e debater em plenário ao meio-dia local (9h de Brasília), para sua aprovação posterior pela tarde.
No entanto, a apresentação será atrasada em duas horas e meia, segundo o canal de televisão francês, que não mencionou o motivo.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou na sexta-feira que estava "esperançoso" de que se chegaria a um consenso.
"Houve progressos ontem à noite (quinta-feira), uma noite longa, mas ainda há algumas questões muito difíceis em que estamos trabalhando. Ao longo do dia de hoje (sexta-feira), estarei fazendo reuniões com vários grupos", disse Kerry.
"Eu tenho esperanças. Acredito que há caminho para avançar e que há bom senso. Nas próximas horas, isso tomará forma e é possível que se possa chegar a uma conclusão em algum momento amanhã (sábado)", assegurou o representante americano.
As negociações giraram em torno dos três temas em que não havia consenso: a ambição do futuro acordo do clima, a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento ao assumir responsabilidades e o financiamento destes últimos.
Essas foram as explicações oferecidas à Agência Efe na sexta-feira pelo ministro do Meio Ambiente do Peru e "braço direito" de Fabius nas negociações, Manuel Pulgar Vidal, que indicou que, dentre todos os temas "espinhosos", o da "diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o aspecto-chave que divide as partes".
O Grupo de Países em Desenvolvimento com Ideias Afins - do qual fazem parte países como China, Índia, Indonésia, Irã, Malásia, Sudão e Vietnã - se pronunciou de forma favorável a marcar com mais força essa diferenciação, algo que também recebeu respaldo de Arábia Saudita e Rússia.
Seus "duros" discursos enfatizaram que os mecanismos de transparência para a revisão dos compromissos de redução das emissões sejam fundamentalmente aplicados aos países desenvolvidos e que estes sejam os responsáveis de fornecer o financiamento climático, explicou a diretora do Escritório Espanhol de Mudança Climática, Valvanera Ulargui.
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos se opõem ao fato de que países em desenvolvimento com muitas emissões - como China e Índia - não revisem suas contribuições para um nível similar ao dos desenvolvidos.
O projeto de acordo contra o aquecimento global foi concluído na madrugada deste sábado em Paris e será apresentado às 11h30 locais (8h30 de Brasília) na Cúpula do Clima (COP21), informaram fontes da reunião ao canal de televisão "BFM".
O texto será entregue aos delegados dos 195 países que participam da conferência da ONU pelo presidente da reunião e ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que teve que adiar para este sábado a apresentação do acordo, que estava prevista para a sexta-feira, devido às divergências existentes.
Fabius fechou a reunião de sexta-feira anunciando a realização de encontros bilaterais com todas as partes ao longo do dia e a apresentação de um acordo no sábado, às 9h locais (6h de Brasília), que as partes poderão analisar durante várias horas e debater em plenário ao meio-dia local (9h de Brasília), para sua aprovação posterior pela tarde.
No entanto, a apresentação será atrasada em duas horas e meia, segundo o canal de televisão francês, que não mencionou o motivo.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou na sexta-feira que estava "esperançoso" de que se chegaria a um consenso.
"Houve progressos ontem à noite (quinta-feira), uma noite longa, mas ainda há algumas questões muito difíceis em que estamos trabalhando. Ao longo do dia de hoje (sexta-feira), estarei fazendo reuniões com vários grupos", disse Kerry.
"Eu tenho esperanças. Acredito que há caminho para avançar e que há bom senso. Nas próximas horas, isso tomará forma e é possível que se possa chegar a uma conclusão em algum momento amanhã (sábado)", assegurou o representante americano.
As negociações giraram em torno dos três temas em que não havia consenso: a ambição do futuro acordo do clima, a diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento ao assumir responsabilidades e o financiamento destes últimos.
Essas foram as explicações oferecidas à Agência Efe na sexta-feira pelo ministro do Meio Ambiente do Peru e "braço direito" de Fabius nas negociações, Manuel Pulgar Vidal, que indicou que, dentre todos os temas "espinhosos", o da "diferenciação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento é o aspecto-chave que divide as partes".
O Grupo de Países em Desenvolvimento com Ideias Afins - do qual fazem parte países como China, Índia, Indonésia, Irã, Malásia, Sudão e Vietnã - se pronunciou de forma favorável a marcar com mais força essa diferenciação, algo que também recebeu respaldo de Arábia Saudita e Rússia.
Seus "duros" discursos enfatizaram que os mecanismos de transparência para a revisão dos compromissos de redução das emissões sejam fundamentalmente aplicados aos países desenvolvidos e que estes sejam os responsáveis de fornecer o financiamento climático, explicou a diretora do Escritório Espanhol de Mudança Climática, Valvanera Ulargui.
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos se opõem ao fato de que países em desenvolvimento com muitas emissões - como China e Índia - não revisem suas contribuições para um nível similar ao dos desenvolvidos.